Fã de Osorio, Ceni aprova escolha e parabeniza ex-companheiro Doriva

Rogério Ceni ficou feliz ao saber da escolha de Doriva para suceder Juan Carlos Osorio, técnico por quem o capitão do São Paulo, aos 42 anos, cultivou máximo respeito em quatro meses de trabalho. Ao saber da decisão do presidente Carlos Miguel Aidar, conduzida pelo gerente de futebol José Eduardo Chimello, Ceni se comunicou com Doriva, felicitou-lhe pelo novo emprego e deu as boas vindas ao São Paulo, ainda na tarde de quarta-feira, segundo apurou o UOL Esporte.

Doriva será o segundo ex-companheiro de Ceni como jogador a treiná-lo. O primeiro foi Sergio Baresi, ex-zagueiro que fez as categorias de base ao lado do goleiro, e que por breve período entre 1993 e 1994 dividiria alguns treinos na categoria profissional, antes de Ceni passar a integrar o Expressinho de Muricy Ramalho. Doriva, ex-volante, venceu a Copa Libertadores e o Mundial de 1993 pelo clube, comandado por Telê Santana,

Ceni ficou feliz porque tem afinidade com Doriva. Além de conhecê-lo desde o início da carreira profissional no futebol, gosta do treinador como pessoa. A saída de Osorio do comando do time foi lamentada pelo capitão, que há meses chegou a dizer que nunca havia trabalhado em treinos táticos como fez em atividades comandadas pelo técnico colombiano, de 54 anos. Nas últimas semanas, quando a saída do treinador já se mostrava provável, Ceni falou mais de uma vez que Osorio pratica o estilo de futebol que ele gosta de jogar e de ver, que entende como o melhor possível: sempre ofensivo, mesclando transições rápidas com domínio da posse de bola.

O anúncio da contratação de Doriva foi feito pela Ponte Preta, que no meio da tarde de quarta-feira divulgou a rescisão do técnico de 43 anos já afirmando que ele havia aceitado um convite do São Paulo. Horas depois, no fim do dia, o São Paulo confirmou o acerto. Doriva já comandará o treino desta quinta-feira no CT da Barra Funda.

A contratação de Doriva foi conduzida pelo gerente de futebol José Eduardo Chimello, que há quatro meses sucedeu o demitido Gustavo Vieira de Oliveira. Chimello contratou Doriva para o Ituano e foi o gerente de futebol na conquista do Paulistão de 2015 com o treinador, sobre o Santos – mesmo adversário do São Paulo na semifinal da Copa do Brasil, daqui a duas semanas.

O presidente Carlos Miguel Aidar teve de resolver a sucessão de Juan Carlos Osorio praticamente sozinho, uma vez que o São Paulo passa por uma crise de gestão sem precedentes: na última segunda-feira Aidar foi agredido pelo então vice-presidente de futebol Ataíde Gil Guerreiro – ele nega -, que na noite do mesmo dia foi exonerado do cargo. Os reflexos no Morumbi vieram na manhã do dia seguinte, quando importantes dirigentes do clube, como o ex-vice-presidente geral Júlio Casares, começaram movimento para entregar os cargos e deixar Aidar à vontade para reconstruir a diretoria.

Após dois vice-presidentes deixarem os cargos à disposição e outros diretores renunciarem, Aidar emitiu nota oficial na qual convocou absolutamente todos os vices e diretores estatutários a pedirem demissão coletiva. Desde a noite de terça-feira, o São Paulo não tem mais nenhum dirigente e passou a ser comandado pelo CEO Paulo Ricardo de Oliveira, que delega tarefas aos executivos remunerados de cada departamento.  A oposição são-paulina, agora, tenta convencer conselheiros a não aceitarem convites para compor a nova diretoria, para isolar o presidente e tentar causar a renúncia – na noite de quarta-feira, os ex-presidentes do São Paulo recusaram participar ou indicar nomes para a nova diretoria.