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Marcelo Hazan
Diretoria estuda ter o técnico do sub-20 como auxiliar na equipe profissional, mas quer fazer a transição com cautela.
O São Paulo tem a ideia de ter André Jardine como um auxiliar fixo, mas sem queimar etapas. O clube está convencido de que tem em mãos um grande profissional e pensa em formar o atual treinador do sub-20 para que no futuro ele vire o técnico do time principal.
Como e quando isso será feito, no entanto, são as grandes questões. Nos bastidores, a informação é de que essa transição de Jardine da base ao profissional, mesmo como auxiliar, não será feita imediatamente.
Embora a ideia agrade dirigentes internamente, o Tricolor estuda os movimentos a serem feitos para não causar desconforto a Jardine e também a Dorival Júnior.
O São Paulo não quer transformar o técnico da base em uma sombra para o pressionado Dorival. Tampouco queimar Jardine, em meio à forte pressão. Seu futuro é visto como promissor.
Dorival, por sua vez, está mantido para dirigir o time contra o CRB, quarta-feira, no Morumbi, pela terceira fase da Copa do Brasil. Os atletas, inclusive, defendem a permanência.
Jardine e Dorival mantêm ótima relação, ainda mais estreitada pelo intercâmbio de atletas da base para o profissional. Mas desde que foi contratado pelo Tricolor, ainda com o diretor Vinicius Pinotti, em julho de 2017, Dorival e direção combinaram que ele trabalharia com a sua comissão.
Na época, inclusive, o auxiliar Pintado deixou o clube, pouco depois da demissão do ídolo Rogério Ceni. A direção tomou a decisão, e Dorival não se opôs à saída.
Assim como o São Paulo, Dorival também considera Jardine um grande profissional. Mas mesmo pressionado pelos resultados recentes (duas derrotas e um empate), ele pretende seguir trabalhando com a sua atual comissão técnica.
Participam ativamente dos treinamentos no CT da Barra Funda: os auxiliares Lucas Silvestre e Leonardo Porto, os preparadores de goleiros Marco Antônio Trocourt e Octávio Ohl, os preparadores físicos Pedro Campos e Henrique Martins, além dos analistas de desempenho Luis Felipe Batista e Raony Tadeu.
– É uma conversa que ficou agendada para o retorno, com o presidente, o Raí, o Ricardo Rocha… Pessoal do profissional. Preciso ouvir deles o que pensam, qual o projeto, a importância. O que eles têm para mim dentro do clube – disse Jardine, ainda no Uruguai.
– Hoje eu me sinto valorizado, mas se for ainda mais importante minha presença em outra função, vou estar disposto a ouvir. Vamos tomar a decisão em conjunto – afirmou o hoje técnico do sub-20.
Jardine comandou a campanha do Tricolor quarto colocado na Libertadores Sub-20, em Montevidéu, no Uruguai.
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