Com futuro planejado, Jardine tenta deixar boa impressão como interino

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GazetaEsportiva.net

José Victor Ligero

Recém-promovido ao cargo de auxiliar da comissão técnica fixa do São Paulo, André Jardine comandará o time profissional interinamente no duelo com o Red Bull Brasil, neste domingo, no Morumbi, pelo Campeonato Paulista. Notabilizado por seu sucesso à frente das categorias de base do clube, o gaúcho de Porto Alegre tentará deixar uma boa impressão antes do anúncio da contratação do sucessor de Dorival Júnior, o que deve acontecer até o início da semana que vem.

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“Muito feliz e motivado para um novo desafio, para voltar a aprender, a estar me reciclando, aprendendo com outros profissionais em outro ambiente, com um parâmetro mais alto, com desafios novos. Vai ser uma nova etapa importantíssima”, afirmou Jardine à Spfctv.

Aos 38 anos e formado em educação física, iniciou sua carreira de comandante na base do Internacional, onde ficou de 2003 e 2013, período em que conquistou 31 títulos. Depois de “virar a casaca” ao ir para o Grêmio, foi contratado pelo São Paulo em fevereiro de 2015.

Alojado em Cotia desde então, Jardine vem desenvolvendo trabalho cujo sucesso é consensual no Tricolor. Seja pela conquista de títulos – já são sete no total -, ou pelas receitas oriundas das vendas de crias da base. Há, inclusive, dentro do clube, quem gostaria que ele pulasse a etapa de auxiliar para assumir a função de técnico da equipe principal.

Esta será a terceira vez que ele terá a oportunidade de dirigir a equipe principal em uma partida. No Campeonato Brasileiro de 2016, esteve à beira do gramado na vitória por 2 a 1 sobre o Santa Cruz, no Arruda, e na derrota por 1 a 0 para o Botafogo, em pleno Morumbi. Desta vez, contudo, André Jardine encontra o time em momento delicado, pelo mau desempenho apresentado na temporada, mas sobretudo pelas derrotas nos três clássicos disputados até então.

Um de seus principais desafios neste curto período como técnico interino será conseguir a vitória diante do Red Bull a fim de amenizar a pressão para o futuro treinador e fazer o já classificado São Paulo avançar com o líder do Grupo B do Estadual, o que daria a equipe o direito de enfrentar o São Caetano pelo jogo de volta das quartas de final do Paulistão no Morumbi.

 

Além disso, terá a missão de conduzir o processo de transição dos atletas da base para o profissional. No dia a dia no CT da Barra Funda, inclusive, poderá trabalhar ao lado de alguns jogadores que ajudou a revelar, como Júnior Tavares, Éder Militão, Araruna, Lucas Fernandes, Pedro Augusto, Paulo Henrique, Shaylon, Paulinho Boia, Bissoli, Lucas Perri, Lucas Paes, Brenner e Caíque.

“Hoje, o conhecimento que tenho dos atletas que treinam em Cotia é muito grande. Com isso, consigo abastecer os profissionais que aqui estão. E de alguma maneira ajudá-los para que, quando virem para cá, se sintam mais à vontade para render ao máximo”, projetou.

Em se tratando de projeção profissional, entretanto, deixar uma boa impressão para os dirigentes é meta essencial para um dia possuir o cargo mais importante da comissão técnica tricolor. O projeto e a intenção para tal já existe, como foi informado pelo diretor-executivo de futebol Raí, que afirmou ter procurado um treinador justamente com o perfil de Jardine.

Ao que parece, porém, nem São Paulo nem Jardine têm pressa na execução do projeto. “Ele manifestou o desejo de estar aqui, de investir na sua formação, passar um tempo estudando outras escolas, na Europa. É um investimento de médio prazo. Obviamente vai depender da confiança dele, da reação estando junto com os profissionais, da maturidade que for conquistando. Mas a confiança é total”, afirmou Raí.

Seja como for, André Jardine dará mais um passo neste domingo em sua trajetória como treinador. No momento, ele é visto como um talento promissor, mas a tendência é que dentro de um período não muito longo esteja no centro das atenções do time tricolor.

1 COMENTÁRIO

  1. Eu acho que antes ele tinha que dirigir um time pequeno no são paulo a cobrança é muito alta por ser grande. O Luxemburgo começou a carreira de técnico no Bragantino e depois foi um dos melhores técnicos chegando até ao Real Madrid.