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Leandro Canônico e Marcelo Hazan
Tricolor supre ausência do camisa 10 e agora tenta conseguir primeiro empate na Arena sem o atleta.
O São Paulo é “Cuevadependente”.
Houve um tempo em que essa frase retratava a realidade do time, algo diferente do panorama atual.
Por incrível que pareça, é possível dizer que o Tricolor “esqueceu” o meia, convocado para defender a seleção peruana em amistosos antes da Copa do Mundo da Rússia – no São Paulo, a previsão é de que ele e Rodrigo Caio, convocado pela seleção brasileira, retornem na quinta-feira.
O novo passo sem o meia terá de ser dado quarta-feira, na Arena Corinthians, pela segunda semifinal do Paulistão. Depois de vencer por 1 a 0 no Morumbi, o Tricolor precisa de um empate na casa do rival, resultado conquistado duas vezes na história e justamente com Cueva em campo – no total, são sete partidas, cinco derrotas e dois empates.
Na mesma semifinal do Paulistão, em 2017, o São Paulo empatou por 1 a 1 com o Corinthians na Arena, depois de ter perdido por 2 a 0 em casa. Antes, em julho de 2016, Cueva fez de pênalti o gol tricolor no novo empate por 1 a 1 com o rival, desta vez pelo Brasileirão. Esta, aliás, foi sua primeira bola na rede com a camisa do clube do Morumbi.
Agora, o São Paulo terá de ao menos conseguir um empate para manter vivo o sonho do título, mas sem o peruano.
O que antes poderia ser desesperador hoje já não é mais tão sentido. Sem Cueva, o Tricolor venceu o São Caetano por 2 a 0, no Morumbi, e conseguiu a classificação nas quartas de final depois de ter perdido com o peruano fora de casa, por 1 a 0.
No domingo, novamente sem o camisa 10, o São Paulo se impôs e bateu o Corinthians, na primeira vitória em clássicos desta temporada.
Na ausência do astro da equipe, Nenê e Tréllez têm assumido o protagonismo do time. O meia iniciou a jogada do primeiro gol contra o São Caetano e marcou diante do Corinthians. O colombiano, por sua vez, marcou o primeiro diante do Azulão e criou a jogada da bola na rede diante do rival.
Nenê, aliás, foi contratado pensando em uma eventual reposição de Cueva, cuja venda é considerada provável nos bastidores do São Paulo depois da Copa do Mundo. Nesse mesmo contexto, o primeiro alvo era Gustavo Scarpa, contratado pelo rival Palmeiras. Nenê, então, surgiu como alternativa viável de mercado.
Resta, agora, dar mais um importante passo para provar o fim do Tricolor “Cuevadependente” na guerra de Itaquera, forma como os jogadores têm chamado o duelo decisivo desta quarta-feira.