UOL
Diego Salgado e José Eduardo Martins
Foi sofrido, com direito a um gol aos 47 minutos do segundo tempo e disputa de pênaltis em Itaquera. Em desvantagem no confronto, o Corinthians só conseguiu fazer 1 a 0 no São Paulo no apagar das luzes, com gol de Rodriguinho de cabeça. A Arena explodiu de olho no que estava por vir. Com direito a um erro de Diego Souza, que volta a falhar de forma marcante diante de Cássio, o time alvinegro fez 5 a 4 nas penalidades máximas e está na final contra o Palmeiras, reeditando uma final que não acontece desde 1999. Além de Diego Souza, que perdeu o primeiro, o jovem Liziero desperdiçou a cobrança decisiva, já nas alternadas – Rodriguinho havia falhado pelo time da casa.
O desfecho, tenso, replicou o que foi todo o confronto, marcado na ida pela troca de farpas entre Fabio Carille e Diego Aguirre. Diante de um estádio lotado em Itaquera, os dois times se estranharam desde os primeiro minutos, com muitas jogadas ríspidas e até um tumulto no começo do jogo. Com uma marcação forte, o São Paulo conseguiu neutralizar as principais jogadas do Corinthians. O gol alivinegro saiu na bola parada: Clayson bateu escanteio para Rodriguinho cabecear e marcar.
Com a definição da semifinal, o primeiro jogo da decisão contra o Palmeiras será na Arena Corinthians, no próximo sábado, às 16h30 (de Brasília). O jogo de volta ocorrerá no Allianz Parque, no fim de semana seguinte, mas sem data exata definida.
Os melhores
Se o Corinthians conseguiu pressionar o São Paulo, principalmente no segundo tempo, a habilidade de Pedrinho e a visão de jogo de Maycon contribuíram bastante. Rodriguinho, mesmo estando com limitações físicas pela contratura na coxa direita, também deu fluidez ao meio de campo e acabou sendo herói no tempo normal. No São Paulo, o dono da noite foi Nenê, com belos dribles e ficando no quase em dois golaços. O garoto Liziero, cada vez mais adaptado ao time profissional, mais uma vez se destacou, embora tenha fechado a noite como vilão pelo pênalti perdido.
Os piores
Do lado são-paulino, quem esteve mais abaixo na partida foi Reinaldo. O lateral-esquerdo até mostrou firmeza, mas cometeu alguns erros causados por desatenção. Petros, embora tenha sido muito eficiente nos desarmes, teve pouca precisão nos passes e freou a transição ofensiva da equipe. Acionado no fim, Diego Souza só conseguiu criar uma boa jogada e ainda perdeu pênalti em novo embate com Cássio, seu algoz na Libertadores de 2012 pelo Vasco da Gana. Já entre os corintianos, Gabriel viveu a jornada mais infeliz. Mal apareceu no ataque e não conseguiu encontrar Nenê para marcar.
Operação de guerra
Os dois clubes montaram estratégias para tentar reforçar seus elencos para o jogo desta quarta. Fagner e Rodrigo Caio voltaram juntos da Alemanha, sendo que o corintiano foi incluído horas antes da partida na lista de relacionados – o são-paulino já estava convocado, mas ficou apenas no banco de reservas. O Corinthians ainda surpreendeu ao incluir Romero, que voltou também às pressas após defender o Paraguai em amistosos, e Rodriguinho, que tem contratura na coxa direita, não atuou no domingo e nem treinou com o grupo nesta semana.
Presentes da paz?
Fábio Carille cumpriu o que prometeu no domingo passado, no Morumbi. Irritado por não ter sido cumprimentado pelo técnico do São Paulo, Diego Aguirre, o comandante do Corinthians levou um presente para o rival em Itaquera: um kit do Alvinegro para o uruguaio, que retribuiu com um pacote são-paulino semelhante. Os kits possuíam camisas dos clubes e informações sobre a partida na Arena Corinthians. Carille tem entregado esse tipo de presente desde o clássico com o próprio São Paulo na primeira fase do Paulistão. O Tricolor fazia o mesmo enquanto Dorival Júnior dirigia a equipe.
Jogo começa pilhado
Após a derrota do Corinthians no Morumbi, o zagueiro Henrique disse que o segundo jogo seria uma guerra. Como já era esperado, os jogadores dos dois times entraram em campo pilhados. Aos oito minutos, após uma entrada de Gabriel em Tréllez com o jogo parado, um tumulto se formou perto da linha de fundo, com direito a muitos empurrões. Mais tarde, houve desentendimento entre Clayson e Militão, com três tapas do corintiano no rival que protegia a bola para ganhar tiro de meta.
Quase olímpico
O São Paulo não se intimidou na casa do adversário e conseguiu segurar a bola no campo de bola do adversário no início da partida. Como consequência, a primeira boa oportunidade no jogo foi dos visitantes e aconteceu de maneira surpreendente. Aos 6 minutos, Nenê cobrou escanteio fechado da direita e obrigou Cássio a fazer boa defesa.
Corinthians só chega aos 18
Sofrendo com a marcação adiantada do São Paulo, o Corinthians só conseguiu finalizar pela primeira vez aos 18 minutos de jogo. No lance que começou pelo lado esquerdo, Gabriel recebeu na entrada da área e bateu mal. A bola chegou a tocar em Sheik. Em seguida, o árbitro assinalou toque de mão do atacante.
Cássio salva duas vezes
Mesmo com a melhora do ritmo do Corinthians, o São Paulo ainda teve duas chances claras para abrir o placar no primeiro tempo. Primeiro, Tréllez partiu para o gol, mas Cássio, de carrinho, conseguiu impedir o avanço do adversário. Já no finalzinho, após cruzamento na área, Militão, livre, bateu forte e o goleiro alvinegro fez a defesa.
Sheik perde duas grandes chances
Aos 23, Sheik teve a primeira grande chance de abrir o placar em Itaquera. O jogador ficou com a bola depois de um escanteio cobrado e emendou para o gol. A bola passou rente à trave. Aos 40, Sheik, sozinho na marca do pênalti, desperdiçou uma oportunidade clara de fazer 1 a 0, mas o chute saiu por cima da meta.
Cartão de visitas
O Corinthians tentou se lançar ao ataque na volta do intervalo, mas foi o São Paulo quem ficou perto, mais uma vez, de marcar. Nenê cobrou falta curta com Petros, a marcação não percebeu e o camisa 7 tricolor recebeu de volta, com o campo aberto. A solução foi arriscar pancada de fora da área, que acertou a trave esquerda de Cássio antes de sair.
Ousadia de Carille
O treinador corintiano foi muito criticado na primeira partida, no Morumbi, por levar a campo uma formação conservadora demais, com três volantes. Nesta quarta, Ralf começou no banco e, logo aos 14 minutos do segundo tempo, Carille decidiu lançar o garoto Pedrinho na vaga de Gabriel, deixando apenas Maycon na contenção. O jovem entrou bem e criou perigo já em seu primeiro lance.
Maior público do Estadual
A Arena Corinthians foi mais uma vez tomada pelos torcedores alvinegro em uma decisão. Na noite desta quarta-feira, 43.367 pessoas assistiram ao clássico, no maior público da atual edição Campeonato Paulista. A marca superou o público do Morumbi no último domingo, quando 42.830 viram a vitória são-paulina.
Castigo no fim
O São Paulo foi impecável nas bolas aéreas, muitas vezes cruzadas sem muito capricho pelo Corinthians. Isso até aos 47 minutos do segundo tempo, quando Clayson cobrou escanteio com perfeição e Rodriguinho, que por pouco não foi desfalque na partida, subiu sozinho para marcar, no único vacilo tricolor no tempo normal.
FICHA TÉCNICA:
CORINTHIANS 1X0 SÃO PAULO
Local: Arena Corinthians, em São Paulo (SP)
Data/Hora: 28 de março de 2018, às 21h45
Árbitro: Vinicius Gonçalves Dias Araújo
Assistentes: Anderson José de Moraes Coelho e Daniel Paulo Ziolli
Público: 43.062 pagantes (total: 43.367)
Renda: R$ 2.603.440,11
Cartões amarelos: Rodriguinho, Fagner, Henrique e Caíque França (COR); Reinaldo, Militão e Sidão (SAO)
Gol: Rodriguinho, aos 47 minutos do segundo tempo (COR)
CORINTHIANS: Cássio, Fagner, Pedro Henrique, Henrique e Sidcley; Gabriel (Pedrinho) e Maycon; Mateus Vital, Rodriguinho, Emerson Sheik (Danilo) e Clayson. Técnico: Fábio Carille.
SÃO PAULO: Sidão, Militão, Arboleda, Bruno Alves e Reinaldo; Jucilei, Petros e Liziero; Marcos Guilherme (Caique), Nenê (Lucas Fernandes) e Tréllez (Diego Souza). Técnico: Diego Aguirre.
Nos livramos do Pipoca que tantos anos seguidos.amarelou em decisões e agora trouxeram outro pipoqueiro para nós fazer perder.
Parabéns ao Raí Toledo pela formação desse maravilhoso elenco vencedor, cheio de craques e suplentes.
Parabéns ao Leco, vc jamais será esquecido.
Mais a vez eliminados pelas frangas. Time pequeno e covarde. Agora só nos resta a humilhação dos rivais.
revolta misturada com tristeza por esse time nojento e pequeno quero meu São Paulo de volta LECO e sua cambada PQ VOCÊS NÃO SOFREM UM CANCER E MORREM SEUS FILHOS DE UMA VACA, QUERO VER VOCÊS MORTOS E ENTERRADOS!!!!