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Régis não vê a hora de estrear com a camisa do São Paulo. E para muitos torcedores a partida dessa quarta-feira, contra o Atlético-PR, seria uma ótima oportunidade. Assim que a notícia sobre a intenção de Diego Aguirre escalar o time com três zagueiros se espalhou, muitos são-paulinos passaram a se manifestar nas redes sociais pedindo Régis no lugar de Militão, já que o atual titular é um zagueiro improvisado enquanto o reforço para a lateral direita é justamente conhecido pela sua força ofensiva, característica maior dos alas.
Régis falou sobre o tema com exclusividade à Gazeta Esportiva e preferiu manter os pés no chão, apesar de não esconder a ansiedade em entrar logo em campo e aproveitar da melhor maneira possível a maior chance de sua carreira no futebol.
“A gente fica muito feliz por saber que os torcedores têm apoiado, pedido minha escalação, mas a gente sabe que se a boa atuação não acontecer, essa cobrança vem ao contrário. Eu tenho essa consciência. Espero, sim, ter a oportunidade de jogar, fazer uma partida, uma grande estreia. Não só uma grande estreia como uma temporada importante”, comentou o atleta de 28 anos, com a experiência de já ter passado por 16 clubes.
“Chego um pouco mais preparado, consciente da responsabilidade, sem empolgação, sem euforia. Passo a passo, dia a dia, treino a treino, espero assim conquistar meu espaço”, explicou o destaque do São Bento na atual edição do Campeonato Paulista.
Impressionado com a receptividade dos funcionários do clube, Régis não esconde que suas características contemplam exatamente o que se espera de um ala em uma formação tática com três zagueiros. Questionado sobre as qualidades que pode acrescentar ao time do São Paulo, o lateral fez o seu merchandising.
“A questão do drible, do improviso, essa válvula de escape pela lateral. Tem se dado muita ênfase a esse lado ofensivo, mas a gente sabe que a responsabilidade é defensiva também. Se não tiver consistência na defesa, o time fica muito vulnerável. E não é o momento para isso. É o momento de ser uma equipe consistente. Espero surpreender quando tiver a oportunidade”, avisou, despreocupado com a cobrança que o Tricolor Paulista tem encarado diante da falta de títulos e bons resultados nos últimos anos.
“A gente não pode escolher o momento. Se tratando de São Paulo e da minha condição, independente de estar em um momento bom ou em um momento mais pressionado, a gente tem que encarar com a mesma seriedade. Lógico que ter a oportunidade de fazer uma história, conseguir títulos e principalmente o da Copa do Brasil, que é um título que o São Paulo não tem, a gente criar essa expectativa de ganhar. Isso, para mim, seria especial”.
Caso Régis acabe por jogar na Arena da Baixada, em Curitiba, pela Copa do Brasil, será não só a estreia do jogador como atleta do São Paulo como também sua primeira vez no gramado sintético do estádio atleticano. Por isso, Régis já tratou de buscar informações com os companheiros para não se complicar.
“Por incrível que pareça, eles falaram muito bem do gramado. Dizem que tem boas condições para jogo, um campo mais rápido, que é normal, mas a gente tem que superar isso e ganhar o jogo”, finalizou.
Provavelmente com Régis entre os relacionados, a delegação do São Paulo fará seu último treino antes de encarar o Furacão na manhã dessa terça, de novo em atividade liberada à imprensa apenas nos 15 minutos iniciais. Em seguida, o grupo parte em viagem rumo ao Paraná.