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Marcelo Hazan
Atleta diz não crer no desejo do Furacão de tê-lo novamente e afirma ter ficado sem dormir com indefinição sobre futuro.
Marcos Guilherme vive momento de indefinição sobre o futuro no São Paulo. O atleta não sabe se terá de voltar ao Atlético-PR em junho ou se poderá permanecer emprestado até dezembro no Morumbi.
Em meio à indefinição, o Tricolor enfrentará o Atlético-PR nesta quinta-feira, às 19h15 (de Brasília), no Morumbi, pelo segundo duelo da quarta fase da Copa do Brasil.
O São Paulo perdeu o jogo de ida por 2 a 1, na Arena da Baixada, onde a torcida do Furacão vaiou Marcos Guilherme em todos os momentos nos quais ele pegava na bola.
Para seguir adiante, o Tricolor terá de vencer por um gol de diferença e decidir a vaga nos pênaltis, ou bater o rival por dois gols de vantagem.
Questionado sobre se haveria clima para voltar a jogar pelo Atlético-PR depois do episódio no primeiro jogo e da indefinição entre os clubes nos bastidores, Marcos Guilherme disse:
– Não, creio que não. Não é nem a vontade do presidente, nem a minha. A questão do Atlético-PR nós já conversamos. Eles sabem da minha vontade e respeitam. O que eu quero é definir o quanto antes essa situação para ter estabilidade familiar e psicológica também.
Marcos Guilherme usou Dagoberto como exemplo para a sua situação. O atacante saiu do Furacão em 2006 para o São Paulo com longa briga na Justiça, após seis anos no clube paranaense.
– Sinceramente esperava até pior (a recepção da torcida do Furacão), porque o São Paulo tem uma rivalidade muito grande com Atlético-PR por causa daquela final que não jogou na Baixada. Já esperava, porque quando ia ver jogos do São Paulo ainda na base e o Dagoberto ia jogar lá, era dez vezes pior do que no meu caso.
(Nota da redação: o Tricolor encarou o Atlético-PR no estádio Beira-Rio na final da Libertadores de 2005, pois, à época, o estádio do clube paranaense não podia receber a final)
– Esperava muito pior do que aconteceu. Apesar de tudo, tenho um carinho grande pelo Atlético-PR. Me criei na Baixada e (foi o clube que) me deu todo o suporte. Rancor eu não levo no coração.
Veja mais do bate-papo com Marcos Guilherme:
Essa indefinição sobre o futuro pesa em algo no seu jogo?
– Claro que pesa. Não tem como. Hoje o futebol é muito psicológico. Se não estiver 100% bem e com a cabeça tranquila, infelizmente o rendimento cai. Acho que isso aconteceu. Estava muito nervoso e angustiado esses dias. Estava sem dormir, porque não sei o que vai acontecer. Não sei onde vou jogar, onde minha família vai morar. Então realmente a situação pesa um pouco, mas espero que se resolva o quanto antes para poder focar 100% no futebol.
Você não sabe, então, se continuará no São Paulo em julho…
– Não sei, isso que tem me pegado. Mas ate antes de sair a matéria me perguntavam de contrato e eu dizia que a minha vontade é permanecer no São Paulo. Estou muito insatisfeito com essa situação, porque acho que já deveria ter sido resolvida. Mas está nas mãos dos dirigentes, eles sabem da minha vontade, e agora é com eles.
Por tudo isso, a situação de bastidores e as vaias no primeiro jogo, vai ter uma motivação a mais reencontrar o Atlético-PR?
– Motivação a mais é classificar. Quero ir para as oitavas. O objetivo do São Paulo é a Copa do Brasil. Independentemente sendo Atlético-PR ou qualquer um quero vencer. Ainda mais sendo Atlético por essa questão que está acontecendo, por tudo o que vivi lá em Curitiba, não só eu como todo o time vamos muito motivados para esse jogo.
A diretoria deveria resolver logo esta questão!
Não sei quanto vale o passe dele,mas nos jogos que ele vem atuando,pelo menos,tem atuado razoavelmente bem..
Questão de conversar pra resolver isso logo..