Nicola: Tricolor rejeitou oferta de Portugal antes de liberar Tavares para testes

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Empréstimo do lateral ao Braga renderia R$ 3,4 milhões (Marcello Zambrana/Gazeta Press)

A decisão do São Paulo de liberar Júnior Tavares para um período de testesno Rennes, da França, gerou contestação dentro do Morumbi. A crítica, de alguns diretores e conselheiros, se deu pelo fato de o Tricolor ter cedido de graça um jogador com 50 partidas oficiais pelo clube para uma espécie de peneira no exterior. Com um detalhe importante: o presidente Leco recusou dias antes uma oferta oficial do Braga, de Portugal.

Quarto colocado no Campeonato Português, o Braga estava disposto a pagar € 800 mil (R$ 3,4 milhões) pelo empréstimo do lateral-esquerdo por duas temporadas. Caso agradasse, Júnior Tavares seria comprado por mais € 1,3 milhão (R$ 5,5 milhões) – tal valor garantiria ao Braga 80% dos direitos econômicos.

Já a transferência do garoto de 20 anos ao Rennes tem os seguintes moldes: Tavares viajará nos próximos dias para a França, para participar de treinos e amistosos com o elenco principal do Rennes – ele não poderá disputar partidas oficiais porque as janelas de transferência no Brasil e na França estão fechadas.

O São Paulo continuará pagando os salários do lateral durante o período de testes. Se o Rennes quiser ficar com Tavares em definitivo, terá de pagar € 2,4 milhões (R$ 10,1 milhões) por 100% dos direitos econômicos – o São Paulo ficaria com metade do valor, já que detém apenas 50% do valor de uma futura venda, assim como o Grêmio.

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“Mas e se o Júnior Tavares for reprovado nessa peneira? Ele vai voltar ao São Paulo com qual moral?”, questiona Denis Ormrod, conselheiro de oposição do Tricolor. “O São Paulo preferiu mandar o jogador para testes em vez de ficar com R$ 3,4 milhões garantidos. Sem contar que havia uma chance muito maior de adaptação em Portugal”, acrescenta.

Para Denis, a boa relação de Raí, diretor-executivo de futebol do Tricolor, com um dos dirigentes do Rennes pesou para que a oferta francesa fosse a escolhida. “Infelizmente, o relacionamento pessoal de diretores está sendo privilegiado em detrimento do melhor negócio”, conclui o conselheiro.

Trecho da proposta oficial feita pelos portugueses ao São Paulo por Tavares
FONTE: JORGE NICOLA – YAHOO

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