São Paulo abre espaço para propostas de mudanças no estatuto

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Bruno Grossi e José Eduardo Martins – Do UOL, em São Paulo (SP)

  • Marcello Zambrana/AGIF

    Leco participou de reunião do conselho que durou mais de quatro horas na última quintaLeco participou de reunião do conselho que durou mais de quatro horas na última quinta

O São Paulo criou seu novo estatuto na virada de 2016 para 2017. Com a eleição presidencial de abril do ano passado, vencida por Carlos Augusto de Barros e Silva, as novas regras foram colocadas em prática. Agora, pouco mais de um ano depois, o documento já pode passar por mudanças. Foi o que ficou definida em reunião extraordinária do conselho deliberativo do Tricolor na noite da última quinta-feira.

O encontro aconteceu no Morumbi após conselheiros da oposição solicitarem a revisão de alguns itens do novo estatuto, principalmente sobre a presença de conselheiros licenciados em cargos remunerados do clube. Presidente do conselho, Marcelo Pupo optou por não direcionar as discussões para apenas um tema e resolveu ampliar o debate.

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Nos próximos 15 dias, serão aceitas propostas de revisão estatutária enviadas por conselheiros. Depois, uma comissão apreciará as sugestões recebidas por mais 15 dias. Por fim, uma nova comissão, desta vez legislativa, terá 30 dias para deliberar quais alterações são viáveis para compor um único documento que será apresentado ao conselho deliberativo. A primeira comissão será definida por Marcelo Pupo nos próximos dias. A comissão legislativa já está montada.

A reunião durou cerca de quatro horas, o que retardou debates de uma reunião ordinária também marcada para quinta-feira. O presidente Leco discursou e defendeu que os conselheiros fizessem sugestões de reforma do estatuto. O mandatário, porém, ressaltou que a gestão atual não fere as normas do clube, nem mesmo no que diz respeito aos cargos remunerados entregues a conselheiros.

O estatuto fala apenas em contar com profissionais de notório conhecimento em suas áreas como executivos. Hoje, a diretoria executiva conta com quatro vagas destinadas a conselheiros que se licenciaram e quatro para profissionais – Rodrigo Gaspar (administrativo), Leonardo Serafim (jurídico), Eduardo Rebouças (infraestrutura) e Elias Albarello (financeiro) – e contratados do mercado – Rafael Palma (estádio), Luiz Fiorese (marketing), Guilherme Palenzuela (comunicação) e Raí (futebol).

Alguns oposicionistas acreditam que o melhor caminho é propor um veto total a conselheiros em cargos executivos. Outros sugerem que, em vez da licença do conselho, como acontece atualmente, seja preciso se afastar definitivamente do conselho para ter cargo remunerado no clube.