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Marcelo Hazan
Com altos e baixos, Tricolor empata com Atlético-MG. Na quarta, contra o Rosario, tem que vencer.
O São Paulo ficou no 2 a 2 com o Atlético-MG, na noite de sábado, no Morumbi. É o quarto empate seguido. Antes o Tricolor tinha ficado em igualdade com Atlético-PR (eliminação na Copa do Brasil), Ceará e Fluminense (Brasileirão).
Nas duas últimas rodadas, o Tricolor ficou em vantagem no placar durante a maior parte do tempo, mas não confirmou os resultados.
Vejamos:
- Fluminense 1 x 1 São Paulo: a equipe saiu na frente aos 22 minutos do primeiro tempo, com Éder Militão. O Tricolor paulista liderou o placar ao todo durante 69 minutos. Foram 26 minutos na etapa inicial, encerrada aos 48, e mais 43 minutos no segundo tempo, quando o Flu marcou com Pedro.
- São Paulo 2 x 2 Atlético-MG: o time abriu vantagem aos 24 minutos, com Everton. O Tricolor ficou na frente por 48 minutos. Foram 23 minutos no primeiro tempo (encerrado aos 47) e mais 25 na etapa final, quando Róger Guedes empatou. Em contrapartida, o Galo liderou o placar por apenas três minutos: dos 32 do segundo tempo (gol de Ricardo Oliveira) aos 35 (gol de Diego Souza).
– Talvez (esteja faltando) fazer o segundo gol. São jogos bem difíceis: Fluminense e Atlético-MG. Times grandes e qualificados. Se consegue fazer um a zero nós temos de fazer logo o segundo e, se der, o terceiro. Sabemos que é difícil segurar o tempo todo lá atrás. O time tem jogado para fazer o segundo. Infelizmente não tem saído para concretizar logo a vitória. Mas estamos evoluindo para isso acontecer – disse Sidão.
O time de Diego Aguirre mais uma vez apresentou variações táticas. Começou no 3-4-3 e terminou em um 4-3-3 na busca pela virada. Sem sucesso (veja abaixo).
O uruguaio fez três substituições: Bruno Alves por Marcos Guilherme (abriu mão da linha de três na defesa), Nenê por Liziero e Hudson por Cueva (o peruano deu assistência para Diego Souza e tornou o time mais ofensivo).
Como começou
Como terminou
Apesar da positiva variação tática apresentada nos jogos, o São Paulo ainda é um time que oscila ao longo das partidas.
Natural para uma equipe em construção no meio da temporada, cujo técnico acaba de completar o 11º jogo no comando e com novos jogadores recém-contratados.
Diante do Atlético-MG, no entanto, o São Paulo teve menos posse de bola (39% a 61%) e finalizou quase a metade do adversário (6 a 10).
É fato que esse elenco do São Paulo tem potencial para buscar resultados melhores e precisa ser cobrado nesse sentido.
Poucos times do Brasil têm a condição de ter no banco de reservas opções como Cueva (entrou bem na etapa final), Jean, Petros, Valdívia e Marcos Guilherme, além de Liziero, revelação promissora. Isso sem contar Rodrigo Caio, desfalque por se recuperar de uma torção no pé.
Ou seja, há opções para trabalhar, e Aguirre tem mostrado repertório tático variado. Mas o São Paulo precisa melhorar o razoável aproveitamento de 50% do Brasileirão, com seis pontos nas quatro rodadas iniciais.
Na quarta-feira, o São Paulo volta a campo pela Copa Sul-Americana, no Morumbi, no jogo de volta da primeira fase contra o Rosario Central. Se empatar com gols, como aconteceu contra Atlético-PR, Fluminense e Atlético-MG, o Tricolor será eliminado – a ida, na Argentina, terminou 0 a 0.
Contratem Celso Roth; é tão burro quanto Aguirre, mas é um burro brasileiro.