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Leandro Canônico
Tricolor se classifica com vitória suada sobre o Rosario, mas poderia ter sido eliminado sem surpresas.
O São Paulo venceu o Rosario Central, na última quarta-feira, e avançou à segunda fase na Copa Sul-Americana. Não seria surpresa alguma, porém, se o Tricolor tivesse acumulado outra eliminação na temporada.
Embora tenha tido bons momentos, a equipe de Diego Aguirre correu riscos. Mais uma vez, por não ter tido a ousadia de seguir atacando depois do gol marcado por Diego Souza.
Recuar quando está em vantagem deixou de ser exceção para virar regra no São Paulo. Tanto que a partida contra o Rosario Central, encerrada aos 49 minutos do segundo tempo, acabou com o time do Morumbi pressionado no campo de defesa, com um atacante adversário dominando a bola na pequena área. Culpa também nesse caso pelas expulsões infantis de Cueva e Petros.
O meia, apesar de reserva, e o volante são referências. Os dois tinham de ser, nos momentos mais tensos, focos de equilíbrio dentro de campo. E não o contrário. Colocaram o time em risco.
A missão agora é não confundir a dificuldade que o time teve de passar da primeira fase do torneio sul-americano com garra e determinação. Diego Aguirre terá de aproveitar a invencibilidade do time no Brasileirão (três empates e uma vitória) e o fato de a segunda fase da Copa Sul-Americana ser só depois da Copa do Mundo para tentar colocar a equipe em equilíbrio.
Há pontos positivos no trabalho de Diego Aguirre à frente do São Paulo. E está claro que o uruguaio sentiu dificuldade por ter assumido a equipe em meio a uma série de jogos eliminatórios. Mas ele precisa também ficar atento aos sinais negativos que o Tricolor deu nesses 12 jogos. Até porque os bons momentos nesse período foram apenas lampejos.
O mais urgente é evitar que o São Paulo matenha essa regra de recuar quando está em vantagem no placar. Talvez, para isso, Aguirre tenha de abrir mão do esquema com três volantes.
Outro ponto importante para jogar um holofote é a preparação física. É natural o desgaste do time pela sequência de jogos, mas aparentemente os jogadores têm se cansado mais do que o normal.
Até a parada para a Copa do Mundo, o São Paulo terá oito jogos no Brasileirão. Oito oportunidades de aprimorar o que criou de bom sob o comando de Aguirre, como a segurança da defesa e Nenê como principal referência, e de melhorar a questão do “medo” de atacar depois dos gols.
Veja abaixo o calendário do São Paulo até a Copa do Mundo:
- 13/5 – Bahia x São Paulo – Fonte Nova
- 20/5 – São Paulo x Santos – Morumbi
- 27/5 – América-MG x São Paulo – Independência
- 30/5 – São Paulo x Botafogo – Morumbi
- 2/6 – Palmeiras x São Paulo – Arena Palmeiras
- 5/6 – São Paulo x Internacional – Morumbi
- 9/6 – Atlético-PR x São Paulo – Arena da Baixada
- 12/6 – São Paulo x Vitória – Morumbi.
Vou torcer para que no sorteio da próxima fase, não caiam times de “Países Sul Americano”, senão será eliminação na certa, foi um sufoco passar pelo grande Rosario Central.