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Leandro Canônico
Tricolor está invicto na competição, mas não vence há três rodadas; Aguirre quer arrumar o meio.
Ao mesmo tempo em que está invicto no Brasileirão após quatro rodadas, com três empates e uma vitória, o São Paulo não vence na competição há três jogos. Por isso, o duelo contra o Bahia, neste domingo, às 16h, na Fonte Nova, é tratado como fundamental para as pretensões do Tricolor.
Vencer significa avançar na tabela e ficar mais perto dos líderes. Empatar ou perder deixa o Tricolor estagnado numa zona intermediária. E a meta do São Paulo nesses oito jogos antes da parada do campeonato para a Copa do Mundo é chegar mais próximo da liderança.
Nos bastidores do CT da Barra Funda, o consenso entre diretoria e comissão técnica é de que a defesa está consolidada, o ataque caminha para o mesmo lado, mas o meio de campo precisa de ajustes.
O setor defensivo do São Paulo realmente vive boa fase. Seja com dois ou três zagueiros, a equipe tem feito atuações seguras por ali. Os erros têm sido pontuais. Lá na frente, o trio Nenê, Everton e Diego Souza, que está fora do duelo contra o Bahia, é a aposta de sucesso de Diego Aguirre.
Sem o camisa 9, artilheiro da equipe na temporada, com cinco gols, a missão de ser centroavante do time será de Tréllez, que conhece bem Salvador (jogou no Vitória ano passado) e é considerado pela comissão técnica um jogador que entrega vibração ao time. Só faltam os gols.
O maior problema do Tricolor, portanto, está no meio de campo. Com três volantes ou mesmo com dois, o time tem encontrado dificuldade nessa conexão com o ataque. Uma das saídas tem sido os zagueiros aparecerem de surpresa para acionar os atacantes. Bruno Alves tem feito isso.
Diego Aguirre não tem como característica principal um time muito ofensivo. O uruguaio gosta de se defender bem. Mas o técnico entende que o time precisa melhorar nesse quesito da armação. E esses oito jogos vão ser utilizados para isso também.
Até para que na parada para a Copa do Mundo, depois dos dez dias de folgas que os jogadores vão receber, a missão seja apenas entrosar um time que já caminha sozinho.