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Nem a insistência dos jornalistas conseguiu arrancar pistas do técnico Diego Aguirre sobre a escalação do São Paulo para o clássico contra o Santos, neste domingo, no Morumbi. O mistério é tanto que o uruguaio mudou a programação desta sexta-feira de última hora e não liberou sequer o aquecimento dos atletas para a imprensa, que só pôde entrar no CT da Barra Funda após o jogo-treino entre os profissionais e os garotos da base nesta manhã.
Em entrevista coletiva, o comandante fez questão de guardar o segredo para si. “Ainda não posso (dizer o time que vai enfrentar o Santos), mas prometo que antes do jogo vocês vão saber”, despistou Aguirre, ciente que o clube tem a obrigação de revelar a escalação até uma hora antes das partidas válidas pelo Brasileirão.
O treinador escondeu até o esquema tático a ser utilizado pela equipe tricolor no San-São. “Não é o mesmo enfrentar um time com linhas de três defensores ou quatro. Muda muito, de verdade. Prefiro trabalhar e que o time mostre no dia do jogo o que pode fazer. É difícil esconder. Mas prefiro não confirmar o time com tanta antecedência”, justificou-se.
O certo é que o São Paulo não poderá contar com Cueva (seleção peruana), Rodrigo Caio (lesão no pé esquerdo), Morato (entorse no tornozelo esquerdo) e Gonzalo Carneiro (reforço muscular). Em compensação, terá os retornos de Diego Souza, Anderson Martins e Militão, livres de lesão, e de Júnior Tavares e Brenner, que passaram por um período de treinos no Rennes e na Seleção sub-20, respectivamente.
Já Everton e Reinaldo, que haviam desfalcado as atividades de quarta e quinta em função de uma amigdalite, trabalharam sem restrições nesta sexta, segundo a assessoria de imprensa do clube, e estão à disposição de Aguirre, que celebrou o fato de ter desfrutado de uma semana livre de jogos para fazer ajustes na equipe.
“Gostei muito, tivemos uma semana muito boa. Fiquei feliz com a semana, com os jogadores concentrados, aceitando todas as propostas. Foi muito boa, e o time tem que levar para o campo tudo o que fizermos no dia a dia. Não só a qualidade individual, mas a fortaleza como time”, avaliou, descartando qualquer vantagem em termos de condição física em relação ao Santos, que encarou o Luverdense na última quinta-feira, no Mato Grosso.
“Nenhuma (vantagem), ainda mais que o Santos jogou com a equipe reserva. Eu me preocupo com o meu time, respeito os adversários e tento não falar deles, mas sei que o Santos tem um bom time”, finalizou.
O San-São, válido pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro, está marcado para as 16 horas (de Brasília) deste domingo, no Morumbi. Com sete pontos e invicto, o Tricolor ocupa o 12º lugar, seguido pelo próprio Peixe, com seis pontos e um jogo a menos.