Alexandre Praetzel
O São Paulo confirmou a boa fase e fez 3 a 2 no Botafogo, alcançando a liderança do Brasileiro com 16 pontos, após oito rodadas. O tricolor pode ser ultrapassado pelo Flamengo, nesta quinta-feira, caso o time carioca vença o Bahia, no Maracanã. Mas isso deve ser o de menos, no momento. O São Paulo mudou a postura dentro de campo e a equipe compete bastante, durante todo o tempo.
É verdade que saiu perdendo para o Botafogo, num bonito chute de Leo Valencia contra Sidão. Em jogos anteriores, sair atrás no placar virava um parto para o São Paulo reagir. Parecia que o tricolor não tinha forças para reverter resultados negativos. Agora, isso mudou. O São Paulo foi para cima, empatou num pênalti bem marcado, virou com Diego Souza e fez o terceiro numa paulada de Everton, batendo em diagonal na meta de Jefferson. Aliás, Everton encaixou muito bem e os outros jogadores também melhoraram seus desempenhos. Ele não precisava ser substituído para a entrada de Valdívia. Assim que Everton saiu, o Botafogo descontou, numa infeliz coincidência.
O maior mérito de Diego Aguirre é o ajuste coletivo e a liberdade para os melhores atletas, tecnicamente. O São Paulo não precisa ser brilhante. Precisa ser competitivo, e isso está sobrando, de acordo com a filosofia do treinador.
O São Paulo chega com moral para o clássico diante do Palmeiras, sábado, no Allianz Parque. Nunca pontuou na casa do rival. Vai para o confronto com segurança e auto-estima elevada, tudo que faltou em outros Choques-Reis. É a hora do São Paulo, sem dúvida.