Promessa e realidade: Helinho e Militão vieram da mesma escolinha ao São Paulo

144

GloboEsporte.com

Pedro Venancio

Ambos são nascidos no interior paulista e eram do projeto “Camisa 10”, comandado pelo ex-jogador Agnello Souza. Ambos defendem o Tricolor neste sábado, em jogos diferentes.

Em campo, eles são opostos. Helinho, meia canhoto, é magrinho, não tão alto e defende a equipe sub-20 do São Paulo que está na final da Copa do Brasil da categoria, contra o Corinthians, que será disputada neste sábado (10h45, no Morumbi, com transmissão ao vivo do Sportv e em tempo real no GloboEsporte.com). Éder Militão, destro, é zagueiro de origem e se firmou como lateral-direito. Alto, é eficiente no jogo aéreo e na marcação. Mas fora dele, além do clube, eles são também unidos pela origem.

Publicidade

Ambos são nascidos em Sertãozinho, interior paulista, cidade próxima a Ribeirão Preto. E começaram no mesmo projeto, o “Camisa 10”, comandado pelo ex-jogador Agnello Souza, que conta um pouco mais sobre a trajetória dos dois.

– O Helinho eu conheci com sete anos. Na verdade eu gostava do irmão dele, o Edílson, que é dois anos mais velho. O Helinho veio meio que de “contrapeso”, e virou o que virou. Sempre foi muito concentrado, focado, com personalidade forte.

A aprovação para Helinho no São Paulo veio com 12 anos, mas ele só foi viver em Cotia aos 14, idade mínima permitida para o alojamento de atletas. A distância em casa não o afetou tanto.

– Os pais dele sempre foram muito presentes, visitavam duas, três vezes por mês, eu também ia. Além disso, o São Paulo sempre foi muito exigente com estudo e com treinos, ele não tinha muito tempo para ficar pensando na saudade – afirma Agnello.

Gol do São Paulo! Militão pega rebote e abre o placar, aos 22' do 1º Tempo

Gol do São Paulo! Militão pega rebote e abre o placar, aos 22′ do 1º Tempo

Com Éder Militão, a história foi um pouco diferente. Agnello e Valdo, pai do lateral/zagueiro, são amigos de infância, e a aproximação dele com o futebol veio mais tarde, aos 12 anos.

– O Éder era um menino tranquilo, mas não muito ligado ao futebol. Soltava pipa na rua, corria, brincava de outras coisas. Até que, aos 12 anos, o pai dele me procurou pedindo ajuda e dizendo que o filho tinha muito potencial. Eu o levei no São Paulo e ele foi aprovado de primeira – conta Agnello.

Helinho e Militão foram bolsistas no projeto de Agnello, que começou como uma escolinha particular e hoje é uma associação que atende 300 meninos. Ao todo, já são 22 aprovados em clubes pelo interior paulista.

Os dois mais promissores entram em campo neste sábado. Às 10h45, Helinho encara o Corinthians na final da Copa do Brasil Sub-20 com transmissão ao vivo do Sportv e em tempo real do GloboEsporte.com. A partida será disputada no Morumbi, com torcida única e entrada gratuita, mas o São Paulo aceita doações para a campanha do agasalho. Militão, por sua vez, enfrenta o Palmeiras, fora de casa, às 21h.