Tricolor, Igor Gomes lembra problemas no início e elogia festa da torcida: “Foi maravilhoso”

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GloboEsporte.com

Pedro Venancio

Camisa 10 do São Paulo no 4 a 0 sobre o Corinthians, ele relata o início de sua história como jogador e questão emocional que enfrentou aos 16 anos: “Eu me cobrava demais”.

 

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Depois da goleada por 4 a 0 sobre o Corinthians, na final da Copa doo Brasil Sub-20, Igor Gomes era só felicidade. O brilho no olho era visto a metros de distância e as declarações nas entrevistas se repetiam, na medida em que os repórteres faziam perguntas parecidas.

– Sou são-paulino desde pequeno, e o que a torcida fez hoje foi maravilhoso. Uma festa dessas em um jogo de base é algo inédito – diz Igor, para depois contar a sua história com riqueza de detalhes.

Nascido em Rio Preto, interior paulista, Igor Gomes joga futebol desde criança. Quando tinha oito anos, foi montada uma seleção sub-10 da região para fazer um amistoso contra o São Paulo. Eles venceram por 3 a 2 e Igor, muito menor que os outros, chamou a atenção do falecido Geraldo Oliveira, então coordenador da base tricolor. Ele continuou jogando em Rio Preto até se mudar definitivamente para o CT de Cotia aos 14 anos.

Mas, porém, contudo, nem tudo foi fácil para ele desde então. Jogador com maturação mais tardia, sofreu um pouco na transição para o sub-17 fisica e emocionalmente. Tinha um problema emocional: não sabia lidar com os próprios erros dentro de campo.

– Eu me cobrava, me cobrava demais, quando errava, ficava muito triste, não conseguia assimilar e seguir adiante. Isso me prejudicava muito nos jogos, porque eu não conseguia desenvolver meu futebol. Precisei trabalhar essa questão e hoje estou bem.

Superada a “prisão” emocional, Igor Gomes deslanchou. Virou titular do time sub-17 em 2016 e no fim do ano já era relacionado para jogos no sub-20. Cresceu em 2017, virou titular dos juniores logo em seu primeiro ano e chegou a treinar nos profissionais sob o comando do então treinador, Rogério Ceni. Treinador e ídolo do menino são-paulino.

– Além de ídolo, o Rogério tem uma coisa que eu respeito muito: ele sempre jogou por amor. Amou o que fez dentro de campo. Eu também amo jogar futebol, gosto de ganhar, fico muito chateado quando perco, fico mal quando ganho e não jogo bem. Ainda me cobro muito, apesar de saber lidar melhor com os erros.

Sobre a subida aos profissionais, Igor Gomes não tem pressa.

– Vai ser no tempo certo. Eu preciso estar preparado para ser cirúrgico quando chegar nos profissionais. Ter a chance e aproveitar. Não tenho pressa.