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Após falhar em dois gols na derrota para o Palmeiras, o goleiro Sidão foi o principal alvo de críticas da torcida do São Paulo durante a noite desta terça-feira, no Morumbi. Depois do monótono empate por 0 a 0 com o Internacional, contudo, o camisa 12 se mostrou compreensivo com as vaias direcionadas a ele.
Antes mesmo do duelo com os gaúchos, durante o trabalho de aquecimento no gramado, a reportagem ouviu diversas cobranças de torcedores localizados nas numeradas e arquibancadas do estádio. Uma delas dizia: “Ae, Sidão! Agarra uma”. No primeiro tempo, após cruzamento de Lucca, o arqueiro não segurou a bola e assustou a torcida, que não perdoou e revidou com mais vaias.
“Faz parte. Quando você perde, não presta. Se ganha, é o melhor. Acho que as duas partes estão totalmente erradas, temos de trabalhar no meio termo. Sabemos o que fazemos no dia a dia, permanecer com a cabeça boa e continuar trabalhando”, afirmou Sidão, na zona mista do estádio.
Em entrevista coletiva, o técnico Diego Aguirre saiu em defesa de seu atleta, o único do elenco que foi titular em todos os dez jogos do time no Brasileirão. “São situações pessoais. Respeito muito a torcida, mas faço o que acho melhor. São coisas que acontecem e todos trabalhamos para as coisas sempre melhorarem. É um jogador importante e uma pessoa de bem. Temos de estar todos juntos”, bradou o uruguaio.
Ao término da partida, além de Sidão, todos os outros jogadores do São Paulo foram vaiados. O experiente goleiro de 35 anos, assim como fez Aguirre, assimilou as críticas ecoadas no Morumbi.
“A gente entende o torcedor, que quer ver sempre o time vencendo, entendemos e respeitamos a opinião deles. É manter a tranquilidade, com humildade, para conseguir os resultados e se manter na parte de cima da tabela”, projetou.
Com 17 pontos ganhos, o São Paulo assumiu provisoriamente a vice-liderança, mas pode perdê-la no complemento da rodada. O próximo compromisso será o confronto com o Atlético-PR, no sábado, às 16 horas (de Brasília), na Arena da Baixada.