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O São Paulo entrou em campo neste domingo para enfrentar o Cruzeiro sem três de seus titulares. Dois dos substitutos foram jovens revelados nas categorias de base do Tricolor, mas se enganou quem pensava que os garotos não dariam conta do recado no Mineirão. Com Luan, de apenas 19 anos, na vaga de Hudson, e Araruna no lugar de Militão, a equipe de Aguirre mostrou personalidade e voltou para casa com mais três pontos na bagagem.
O técnico são-paulino, após o jogo, não escondeu o orgulho pelo bom futebol mostrado por suas apostas. Aguirre, no entanto, tratou de dividir os méritos das escolhas para a partida com André Jardine, ex-treinador do time sub-20 tricolor e atual auxiliar técnico da equipe profissional.
“Quando nós chegamos aqui, falamos que a ideia era tentar dar uma sequência ao time, que o São Paulo recuperasse a confiança e isso foi acontecendo. Outra coisa que falamos era que queríamos dar oportunidades a esses meninos da base. Acho que o São Paulo tomou uma decisão excelente de deixar o André Jardine trabalhando em nosso corpo técnico, ele tem muita experiência com os meninos, passa muita informação. Aconteceu hoje com o Luan, aconteceu com Liziero, Araruna, [Lucas] Kal”, disse Aguirre.
Com a grande responsabilidade de substituir Hudson, Luan, de apenas 19 anos, estreou como titular após ter entrado nos últimos minutos do clássico contra o Corinthians. Mostrando bastante tranquilidade, o volante não passou despercebido por Diego Souza, que fez questão de reconhecer o desempenho do garoto. Araruna na vaga de Militão também não comprometeu, embora a lateral direita não seja sua posição de origem.
“A base do São Paulo é muito forte, temos que aproveitar. Aproveito para parabenizar a todos que trabalham na base, porque não tem tanto reconhecimento, mas hoje os meninos são uma realidade, estão jogando muito. Da base ao profissional, temos que ser um time unido”, prosseguiu Aguirre.
Por fim, o treinador uruguaio mostrou que suas preocupações vão diminuindo em relação a desfalques por lesão ou cartões amarelos ao passo que os suplentes vêm correspondendo à altura. Justamente por isso, o São Paulo começa a ganhar força na briga pelo título do Campeonato Brasileiro.
“A primeira coisa no treinamento é que não há um time titular e outro reserva, somos um grupo. Estamos preparados para quando aparecer a oportunidade. Quanto à exigência dos jogos e à intensidade, acontece com todos, jogadores que machucaram, outros que tomaram cartão, isso foi acontecendo. Os jogadores estão aproveitando as oportunidades, têm que aproveitar. Fui claro que não somente os meninos que jogaram, mas também o Shaylon fez um bom jogo, isso dá força, confiança, porque estão todos preparados para tentar ajudar o time”, finalizou.