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O São Paulo voltou à liderança do Campeonato Brasileiro no último domingo após três anos distante da ponta da tabela. Graças ao gol de Tréllez, no segundo tempo da partida contra o Vasco, o time comandado por Diego Aguirre agora terá a missão de seguir firme à frente dos rivais. Para isso, a diretoria do clube terá um papel fundamental, tentando evitar que o clube perca novos jogadores importantes, como aconteceu em 2015, quando o Tricolor também figurava no topo.
Depois de se sagrar tricampeão brasileiro entre 2006 e 2008, o São Paulo, aos poucos, foi se acostumando a ficar bem distante do protagonismo em Campeonatos Brasileiros. Em 2015, na sétima rodada, o time assumiu a liderança da competição, mas o domínio tricolor durou pouco. Com uma verdadeira debandada no meio do ano, o técnico Juan Carlos Osorio não conseguiu desenvolver o trabalho da maneira que gostaria. Para piorar, os são-paulinos ainda tiveram de ver o arquirrival Corinthians erguer a taça.
Naquele ano, nada mais, nada menos que sete atletas do elenco tricolor acabaram se despedindo do Morumbi entre junho e agosto: Denilson (Al Wahda), Paulo Miranda (Red Bull Salzburg), Jonathan Cafu (Ludogorets), Boschilia (Monaco), Paulo Toloi (Atalanta), além de Doria, que teve de voltar ao Olympique de Marselha, já que estava cedido por empréstimo.
Na atual temporada, o São Paulo já negociou seis nomes, isso sem falar na saída de Marcos Guilherme, emprestado pelo Atlético-PR e negociado com o mundo árabe. Buffarini e Lucas Pratto retornaram ao futebol argentino, Petros foi vendido para o Al Nassr, da Arábia Saudita, o jovem Marquinhos Cipriano acertou sua transferência para o Shakhtar Donetsk, enquanto Christian Cueva foi jogar no Kranosdar, da Rússia. Éder Militão foi o último deles, se despedindo no último domingo, contra o Vasco, antes de rumar a Portugal, onde defenderá o Porto. Ao todo, o clube lucrou pouco mais de R$ 117 milhões em transferências em 2018.
O que difere a temporada de 2015 para a atual é justamente o papel da diretoria, que vem reforçando o elenco na medida que outros atletas acabam saindo. O lateral-direito Bruno Peres chegou por empréstimo para substituir Militão. Rojas, aposta de Aguirre, chegou para jogar na vaga de Marcos Guilherme. Além da dupla, outros nomes chegaram, mas não necessariamente para suprir a ausência de outros, como Everton e Gonzalo Carneiro.
“Sinto que o São Paulo está fazendo as coisas bem. Tanto é que diante da possibilidade de perder o Militão, já fomos atrás de outro bom lateral, que é o Bruno Peres. Conseguimos dar um mês de trabalho para que ele estivesse pronto. Me sinto respaldado por um planejamento inteligente. O Militão vai embora e não acontece absolutamente nada”, disse o técnico do São Paulo, Diego Aguirre.