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Guilherme Maniaudet*
Everton é o principal destaque individual do Tricolor, que tem sido efetivo nas finalizações.
O São Paulo voltou com tudo para o Brasileirão depois da parada para a Copa do Mundo. O time cresceu de produção, venceu quatro jogos em cinco disputados, viu o Flamengo desperdiçar pontos e assumiu a liderança isolada da disputa. O trabalho do Espião Estatístico nesta sexta-feira é mostrar alguns dos segredos que levaram o Tricolor ao topo do principal campeonato do país.
Muitos chutes é sinônimo de muitos gols? Não no Morumbi. O São Paulo tem demonstrado que para balançar a rede não é necessário um monte de finalizações, mas ser cirúrgico na hora de decidir a jogada. O Tricolor tem a quarta pior média de chutes do Brasileiro (11 por jogo) e possui o terceiro melhor ataque da competição, com 27 gols marcados, atrás de Atlético-MG (30) e Flamengo (28).
A principal arma no setor ofensivo não é nenhum segredo. Os números acompanham a fase espetacular do meia Everton, que deixou justamente o Flamengo para fechar com o Tricolor. Ele possui cinco assistências e, ao lado de Ricardo Oliveira e Hyoran, é o jogador com mais passes para gols na disputa.
Além disso, já balançou a rede cinco vezes e é o atleta com maior participação direta nos gols do Tricolor: 37%. Everton só não tem mais gols pelo clube do que Diego Souza e Nenê, ambos com seis.
Contra o Corinthians, Anderson Martins aproveitou cobrança de escanteio para marcar
Outras armas da equipe comandada por Diego Aguirre são a bola aérea e a bola parada. Dos 27 gols marcados, 13 (48%) foram a partir de jogadas pelo alto e nove (33%) foram a partir de bolas paradas: três de escanteio, um de falta levantada, um de lateral, três de pênalti e um de falta.
Sidão tem passado confiança à zaga. São 21 defesas difíceis em 16 jogos, com média de 1,31 por partida, e 14 gols sofridos (média de 0,88 por partida). Além disso, em oito dessas partidas ele não sofreu gol.
Com grande contribuição de Éder Militão, que deixou o clube, o lado direito da defesa tem sido muito forte. Dos 12 gols sofridos de bola rolando, apenas dois (17%) começaram por aquele setor, diferentemente do esquerdo, que já viu seis bolas (50%) balançarem a rede.
Outro ponto que Aguirre tem que ficar atento na defesa é a bola aérea. Dos 14 gols sofridos, sete foram a partir de jogadas pelo alto.
*A equipe do Espião Estatístico é formada por Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, Gustavo Pereira, Leandro Silva, Roberto Maleson e Valmir Storti