De DM zerado a falta de opções: Aguirre tenta reinventar o São Paulo

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GazetaEsportiva.net

Tiago Salazar

Antes de encarar a decisão contra o Colón na Copa Sul-Americana, o São Paulo festejou o fato de ter limpado todo deu departamento médico. Pouco depois a situação melhorou. Diego Aguirre pôde escalar seu time ideal para a partida com o Paraná, já que sequer tinha de lidar com problemas de suspensão ou desgaste. Agora, no entanto, a realidade é outra.

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Como no futebol tudo muda muito rápido, o técnico uruguaio terá de quebrar a cabeça para encontrar soluções para o confronto de sábado à noite, diante do Bahia, no Morumbi.

Se por um lado Diego Souza volta a ficar à disposição, o São Paulo não terá Reinaldo, (suspenso), Arbodela (seleção equatoriana), Luan (seleção brasileira sub-20), Everton (estiramento na coxa esquerda) e Bruno Peres (dores no adutor direito). Rodrigo Caio (dores no joelho) e Araruna (tendinite no calcanhar esquerdo) também não devem reunir condições de jogo.

O principal dilema está do lado esquerdo. Reinaldo atuou as duas últimas rodadas improvisado na ponta, com Edimar preenchendo a lacuna na lateral. A ausência de Reinaldo deve abrir espaço para Everton Felipe. Outra alternativa seria escalar Gonzalo Carneiro ou Tréllez mais abertos.

No restante, o time deve ser o mesmo que iniciou a partida desta quarta. Apesar de parecer pouco, o fato é que as características mudam consideravelmente. Edimar tem estilo bem diferente de Reinaldo, assim como Everton Felipe não se assemelha a Everton, esse dito por Aguirre como dono de uma característica única no grupo.

O banco de reservas, que rotineiramente tem consagrado Diego Aguirre, também passa a não dar ao comodante tantas opções. Contra o Galo, por exemplo, nenhum suplente tinha mais de 22 anos. Eram eles: Gonzalo Carneiro, Pedro Bortoluzo (22 anos); Lucas Perri, Rodrigo, Liziero, Shaylon, Caíque (20 anos); Everton Felipe (21 anos) e Brenner (18 anos).

De qualquer forma, o treinador são-paulino evita qualquer discurso de preocupação nesse sentido. A ideia de valorizar seus jogadores segue sendo adotada por Aguirre, que realmente nunca se incomodou em utilizar todas as peças do elenco.

“Não gosto de falar de jogadores que não estão, porque fica como desculpa. Quem jogou fez um grande jogo, são coisas que acontecem. Com tantas rodadas, é normal perder jogadores”, comentou.

O São Paulo perdeu a liderança do Brasileirão para o Internacional, pode ser ultrapassado pelo Palmeiras no fim de semana e venceu apenas um dos últimos quatro jogos. Ou seja, independente da escalação para domingo, superar o Bahia no Morumbi se tornou uma necessidade do Tricolor.