Cuca diz ter futuro “indefinido”, cita 2004 e não fecha porta ao São Paulo

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GloboEsporte.com

Marcelo Hazan

Técnico diz que há indefinição sobre permanência no Shandong Luneng, da China, por mudança na presidência, e lembra ano de sucesso com reestruturação do Tricolor.

Entrevista coletiva do Cuca no Shandong Luneng (Foto: Reprodução/ Twitter)

Cuca revela indefinição sobre seu futuro na China (Foto: Reprodução/ Twitter)

Cuca não fecha as portas para voltar ao São Paulo em 2016. Cotado para substituir Doriva, o treinador revelou indefinição sobre seu futuro no Shandong Luneng, da China, com o qual tem mais um ano de contrato – o vínculo tem multa rescisória de valor não revelado.

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– Ninguém (do São Paulo) me contatou. Tenho mais um ano de contrato. No meu clube existe uma indefinição muito grande, inclusive em permanência da diretoria e presidência. Vou esperar ver o que eles definem – disse, em contato por mensagem de telefone com a reportagem.

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Cuca deu sinal positivo ao ser questionado sobre se gostaria de voltar ao São Paulo para comandar uma reestruturação de elenco, com as saídas iminentes de Rogério Ceni (aposentadoria), Luis Fabiano (Tianjin Songjiang, da China) e Alexandre Pato (emprestado pelo rival Corinthians).

– Já fizemos esse trabalho (de reestruturação de elenco) em 2004 e foi muito bom – afirmou.

No ano citado por Cuca, o São Paulo foi semifinalista da Libertadores, quando caiu diante do Once Caldas, da Colômbia. O treinador havia chegado ao clube depois de bom trabalho no Goiás, de onde também saíram o zagueiro Fabão, o meia Danilo e o atacante Grafite. Cuca saiu do São Paulo em agosto de 2004, e o Tricolor conquistou no ano seguinte o Paulista (com Emerson Leão), e depois a Libertadores e o Mundial com Paulo Autuori (saiba mais sobre a passagem aqui).

Também nesta terça-feira, Cuca deu entrevista à “rádio Globo” e afirmou estar de férias no Brasil. O treinador não colocou a diferença de salário entre o mercado oriental e o brasileiro como empecilho para retornar. Mas afirmou que só sai do clube chinês se for liberado e não pretende rescindir pagando a multa.

– Não depende do São Paulo e do Cuca. Tenho contrato com o Shandong Luneng, muito amarrado em todos os sentidos. Não vou abrir esse contrato. Não tem como… eu saí do Atletico-MG, o meu melhor trabalho… não vou romper uma situação profissional pagando uma multa, ou não conseguindo o objetivo maior para o qual fui contratado. Vontade de vir treinar o São Paulo ou outro grande do Brasil eu tenho, não nego, mas só vou quando a diretoria do Shandong me dispensar – disse.

Antes do contato com a reportagem, a assessoria de imprensa do empresário de Cuca, Eduardo Uram, publicou comunicado dizendo que a saída da China seria uma “excepcionalidade do futebol”.

– Cuca já cumpriu dois dos três anos do contrato que foi assinado e pretende cumprir o seu último ano normalmente. A única chance disso não acontecer é por uma excepcionalidade do futebol. O desejo dele é continuar no Shandong Luneng – disse o empresário, via assessoria.

Além de Cuca, o São Paulo também analisa nomes como Paulo Autuori e o uruguaio Diego Aguirre. O diretor executivo de futebol, Gustavo Vieira de Oliveira, deu indicação de que um estrangeiro é menos provável do que quando o clube contratou Juan Carlos Osorio. Ele deseja um comandante com perfil que traga uma “perspectiva de títulos”.

– Para 2016, queremos alguém que nos traga uma perspectiva de títulos, que seja capaz de ajudar na montagem e incremento do elenco dentro da situação financeira.

 

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