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A derrota para o Palmeiras em pleno Morumbi no último sábado, que culminou no fim do jejum de 16 anos, expôs uma estatística ruim do São Paulo de Diego Aguirre: o baixo aproveitamento com semanas cheias de treinamento. Após uma partida em que seus comandados pouco agrediram o rival, o treinador chegou ao quarto jogo seguido sem vitória e, consequentemente, tem feito do período grande de trabalho um problema para a manutenção do desempenho.
No início de agosto, o São Paulo assumiu pela primeira vez a liderança do Campeonato Brasileiro, após uma vitória sobre o Vasco. Poucos dias depois, veio o baque com a eliminação da Copa Sul-Americana para o Colón, da Argentina. Apesar da eliminação, o revés foi alentado com a campanha do tricolor na competição nacional e a possibilidade de maior tempo de recuperação entre os jogos. Isso, porém, não se confirmou.
Desde que voltou da Argentina com apenas o Brasileiro para ser disputado, o time de Diego Aguirre entrou em campo 10 vezes, sendo cinco dessas depois de semanas cheias de treinamento. E nessas circunstâncias, de mais de cinco dias entre um jogo e outro, não venceu nenhuma. O último triunfo do tricolor na competição, aliás, completou um mês na última segunda-feira (8), diante do Bahia, por 1 a 0, no Estádio do Morumbi, pela 24ª rodada,
Assim que caiu na competição continental, o São Paulo emendou uma sequência de três jogos em oito dias, vencendo Chapecoense e Ceará e empatando, fora de casa, com o Paraná. Depois, Aguirre teve uma semana completa de sete dias de treinos e quando entrou em campo não saiu de um empate por 1 a 1 com o Fluminense, no Maracanã, em uma partida de desempenho abaixo do esperado.
Na sequência, vieram duas partidas em seis dias: derrota contra o Atlético Mineiro por 1 a 0 na Arena Independência e vitória diante do Bahia por 1 a 0 no Morumbi. A partir de então, o tricolor teve pela frente apenas jogos com semanas cheias para trabalhar, culminando justamente no período de jejum de triunfos no Brasileiro. Foram empates com Santos (0 a 0), América-MG (1 a 1) e Botafogo (2 a 2), além da derrota para o Palmeiras por 2 a 0, no último sábado.
Se as semanas de treino não parecem refletir nos resultados dentro de campo, nas atuações muito menos. Empolgante na fase final do primeiro turno, com vitórias sobre Flamengo no Maracanã e Cruzeiro no Mineirão, por exemplo, o São Paulo acumula desempenhos ruins desde o início do segundo turno. Também pelos desfalques, o treinador uruguaio não tem conseguido tornar o time reativo das primeiras 19 rodadas uma equipe que se imponha ao ponto de balançar as redes adversárias.