São Paulo elevou status de Anderson Martins e agora precisa blindá-lo após falhas

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UOL

Bruno Grossi
  • Jeferson Guareze/AGIFContra o Inter, Anderson Martins foi expulso pela segunda vez no BrasileirãoContra o Inter, Anderson Martins foi expulso pela segunda vez no Brasileirão

Uma das maiores preocupações do São Paulo com a má fase no Campeonato Brasileiro é evitar uma “caça às bruxas”. E um jogador recebe atenção especial dentro desse cuidado. O zagueiro Anderson Martins, que esteve envolvido em cinco dos últimos dez gols sofridos pelo Tricolor, é o atleta mais em evidência nas críticas da torcida.

O beque cometeu falhas individuais nos empates com Fluminense e Botafogo (duas vezes) e na derrota para o Palmeiras. Já no último domingo, cometeu pênalti em Leandro Damião já nos minutos finais do confronto com o Internacional, foi expulso e derrubou definitivamente as esperanças de uma reação são-paulina no Beira-Rio. Os gaúchos venceram por 3 a 1.

As críticas a Anderson dispararam, ainda que outros jogadores também tenham caído de produção nas últimas rodadas. Os erros, é claro, contribuem para isso, mas o próprio discurso do São Paulo ajudou a deixá-lo mais exposto.

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Entre comissão técnica e diretoria de futebol, o camisa 4 passou a ser muito exaltado na arrancada do time para a liderança do Brasileirão. Ele foi chamado de “craque” e até de “camisa 10” da equipe, pelo fato de sair jogando bem com os pés e muitas vezes iniciar os contra-ataques que eram tão letais no Tricolor durante o primeiro turno.

Essa boa capacidade para passes e lançamentos longos chegou a servir como explicação para o posicionamento de Nenê, muito colado à área e a Diego Souza, sem participar tanto da criação das jogadas. A característica era um trunfo enquanto os comandados de Diego Aguirre esperavam os adversários e saíam em velocidade. Mas com os rivais recuados e a necessidade de propor o jogo, a saída de bola de Anderson deixou de ser uma surpresa.

Há outros jogadores em situação semelhante. Nenê, por exemplo, ganhou a camisa 10, foi celebrado por sua “chapada”, mas começa a receber críticas pela queda de rendimento. Sem falar em Rodrigo Caio, visado e tido como bode expiatório mesmo com apenas cinco partidas no Brasileirão e nenhuma falha cometida.

Os problemas na lateral direita fizeram com que o zagueiro ganhasse chances na função, em uma tentativa de Aguirre de repetir o que era feito com Militão. Rodrigo pode não ter feito partidas brilhantes. Foi regular, discreto, mas acabou como alvo da torcida mesmo sem culpa. Além disso, por ser um zagueiro improvisado na lateral, quase sempre é a primeira troca da comissão técnica quando o São Paulo precisa se tornar mais ofensivo, aumentando a exposição às críticas.

Com a suspensão de Anderson Martins, expulso contra o Inter, Rodrigo Caio volta a ter chances de jogar como zagueiro. Ele concorre com Robert Arboleda, que volta após defender a seleção do Equador, a uma vaga ao lado de Bruno Alves para enfrentar o Atlético-PR no Morumbi, às 19h de sábado, pela 30ª rodada do Brasileirão.