Polícia vai acusar família por homicídio qualificado de Daniel; delegado diz que eles mentiram

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GloboEsporte.com/ G1 PR e RPC Curitiba

Edison Brittes Júnior, autor confesso do crime, a esposa Cristiana e a filha Allana também serão acusados de coação de testemunhas. Outros três suspeitos são considerados coautores.

"Inventaram uma história, depois mudaram a versão", disse o delegado — Foto: Reprodução/RPC

“Inventaram uma história, depois mudaram a versão”, disse o delegado — Foto: Reprodução/RPC

O delegado da Polícia Civil de São José dos Pinhais, Amadeu Trevisan, afirmou que Edison Brittes Júnior, autor confesso do crime, a esposa Cristiana e a filha Allana serão acusadas de homicídio qualificado. Ele ainda afirmou que acredita que os três mentiram em depoimento prestado à polícia. A família também será indiciada por coação de testemunhas. O corpo de Daniel Corrêia Freitas, de 24 anos, foi encontrado no dia 27 de outubro na região de Curitiba.

De acordo com Trevisan, as duas combinaram uma versão com Edison Brittes Júnior, a respeito do espancamento e morte do jogador Daniel. Os três estão presos temporariamente.

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– Com certeza estão mentindo. Inventaram uma história, depois mudaram a versão e tentaram fraudar o processo com a coação de testemunhas.

Conforme o delegado, a coação de testemunhas aconteceu quando membros da família procuraram testemunhas que estavam na casa para criar um álibi. Uma delas procurou a delegacia de São José dos Pinhais na última semana para confirmar que foi procurada no trabalho.

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O delegado também disse que já é possível identificar que Daniel foi levado da casa ainda com vida. Seu corpo foi encontrado horas depois em um área de mata na zona rural de São José dos Pinhais com o pescoço dilacerado e o orgão genital decepado.

Corpo de Daniel foi encontrado em uma mata na área rural de São José dos Pinhais — Foto: Reprodução/RPC

Corpo de Daniel foi encontrado em uma mata na área rural de São José dos Pinhais — Foto: Reprodução/RPC

– A filha disse que ele saiu da casa respirando. Quando foi colocado no porta-mala, ele se mexia.

O que dizem os suspeitos

Em depoimento à Polícia Civil, a Cristiana Brittes disse que acordou com o jogador deitado sobre ela de cueca e que, então, começou a gritar assustada.

– Ele dizia: ‘Calma, é o Daniel’, contou.

Cristiana disse no depoimento que Daniel estava “excitado” e que esfregava o pênis, que estava fora da cueca, pelo corpo dela. A mulher de Edison relatou também que o marido foi o primeiro a entrar no quarto, depois de arrombar a porta.

Delegado Amadeu Trevisan conduz a investigação do assassinato de Daniel  — Foto: Reprodução/RPC

Delegado Amadeu Trevisan conduz a investigação do assassinato de Daniel — Foto: Reprodução/RPC

A filha do casal, Allana, também prestou depoimento. Allana, disse ter ouvido gritos na casa e que, ao chegar no quarto dos pais, encontrou Edison segurando Daniel pelo pescoço, “como se o enforcasse”.

A filha confirmou à polícia que a mãe tinha dito que Daniel tinha tentado estuprá-la.

Em entrevista à RPC, o empresário Edison Brittes Júnior disse que perdeu o controle quando agrediu Daniel.

– Eu fiquei aterrorizado quando vi ele com a minha mulher, disse o empresário.

– Eu bati muito nele. Muito, muito. Tirei ele para fora da casa, não sei se estava acordado, desacordado, se só tinha fechado o olho, afirmou Edison.

Depois da agressão, segundo ele, o empresário colocou Daniel no porta-malas do carro e o tirou da casa, junto de três amigos.

Ele conta que os amigos tentaram o impedir de cometer o crime, “mas não iam conseguir” em função do descontrole emocional que tomou conta do empresário. Edison Brittes Júnior disse que usou uma faca para matar o jogador.