Rogério Ceni descarta retorno ao São Paulo: “Agora não é o momento”

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GazetaEsportiva.net

Rogério Ceni comandou o São Paulo de janeiro até julho de 2017 (Foto: Gazeta Press)

Rogério Ceni não será treinador do São Paulo, pelo menos enquanto Leco for o presidente do clube. O comandante campeão da Série B com o Fortaleza deu a entender que só aceitaria um convite para sua segunda passagem como técnico do time do qual é ídolo a partir de 2020, quando acaba o mandato do atual dirigente máximo tricolor.

“Sobre o presidente, já falei o que tinha de falar. Agradeço ao São Paulo pela oportunidade. Não posso esconder o meu carinho eterno pelo clube que me revelou para o futebol. Quem sabe um dia, depois de 2020, eu volte. Agora não é o momento de voltar ao São Paulo. Eu, se fosse o presidente, não me procuraria. E também não aceitaria o convite vindo dele”, disse o ex-goleiro em entrevista ao canal Fox Sports.

No começo de 2017, Rogério Ceni recebeu a chance de dirigir o São Paulo, seu primeiro clube como treinador, mas não teve êxito, sendo demitido seis meses depois. Para o comandante, o desmanche sofrido pelo elenco tricolor à época foi fundamental para o rendimento aquém das expectativas, mas ainda assim o ex-atleta seguiu idolatrado pelos torcedores do time paulista, que adotaram o Fortaleza, casa do técnico este ano, como “segunda equipe”.

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“Por que não tivemos sucesso? Perdemos a velocidade de lado, Luiz Araújo e David Neres. Tudo é uma máquina, um sistema. Quando você perde Thiago Mendes, eu preciso da velocidade e desses jogadores. Sem esses jogadores, fica difícil. Tinha um grupo de trabalho muito jovem, muitos que eu subi e já nem estão mais, como é o caso do Militão”, declarou.

“Eu fiz o meu melhor com aquele time e fico com a consciência tranquila. Se fiquei chateado? Eu não fiquei. Os torcedores torcem pelo Fortaleza e acompanham como se fosse o São Paulo. Acho que cresceu muito a média de pessoas assim”, completou.

 

Depois de deixar o São Paulo em junho de 2017, Rogério só voltou ao futebol no começo de novembro, quando assinou com o Fortaleza. Com o Tricolor do Pici, foi vice-campeão estadual e recentemente conquistou o título do Campeonato Brasileiro da Série B, o primeiro caneco nacional da história do clube centenário. De acordo com o ex-goleiro, os métodos e a maneira com que trabalha a equipe é a mesma tanto no time cearense quanto no Tricolor Paulista, com apenas uma diferença: o resultado final em campo.

“Experiência você adquire com o passar do tempo. Você vai pegando jeito, no futebol é a mesma coisa, a cada treino que você desenvolve. Completamos 210 treinos, é um recorde aqui. Vai aprendendo, melhorando, tendo experiência a cada ano que passa. A diferença entre estar preparado ou não é ganhar ou não. Meu jeito de trabalhar é o mesmo do São Paulo, só que aqui nós vencemos. Então, as pessoas julgam você estar mais preparado”, finalizou.