Do UOL, em São Paulo (SP)
Reprodução/Instagram
Ricardo Rocha diz ser grato ao São Paulo pelo trabalho desenvolvido no clube
Após deixar o cargo de coordenador de futebol do São Paulo, Ricardo Rocha falou sobre a situação do clube paulista nesta temporada. Fazendo um balanço positivo do ano do tricolor, ele comentou, em entrevista ao Seleção SporTV, a polêmica envolvendo Nenê, as recentes declarações de Rodrigo Caio e ainda a saída de Diego Aguirre.
Líder do Brasileirão no primeiro turno, o São Paulo sofreu uma queda de rendimento que culminou na quinta colocação, garantindo vaga na pré-Libertadores. Para Rocha, a falta de opções no elenco, somada a contusão de jogadores, culminou na derrocada na tabela.
“Primeiro turno foi excelente. Segundo turno, há uma queda absurda. Quando todo mundo no primeiro turno dizia que ia ser campeão, eu sempre falava: ‘Calma, falta muita coisa’. Aí começam os problemas, o Everton se machuca, um jogador importantíssimo. Nosso elenco não teve encaixe, começou uma queda de produção de jogadores”, explicou.
“Não tivemos substitutos à altura dos jogadores que se machucaram. Por que não tivemos um elenco mais forte? Porque não tinha como competir com Flamengo e Palmeiras, a verdade é essa”, completou.
No que diz respeito ao meia Nenê, que não gostou de ser colocado no banco de reservas por Diego Aguirre, Ricardo admitiu que o jogador foi mimado. “Foi, foi sim”, disse pouco depois de revelar alguns problemas no grupo. “Houve algumas insatisfações. Vimos uma. Nenê”, contou.
Quanto as declarações do zagueiro Rodrigo Caio, que criticou o ex-treinador e admitiu que pode deixar o clube, o ex-coordenador aconselhou o atleta a buscar novos ares. ?É uma opinião do Rodrigo, você tem que respeitar tudo. É jogador importante para o São Paulo, mas naquele momento o Aguirre achava que era o quarto zagueiro. Rodrigo ficou muito tempo parado. É ótimo jogador. E digo mais: por essa declaração dele, é bom ele sair. Ele tem que sair, ou emprestado ou vendido, porque tem muita bola. Voltar à seleção brasileira. Falei para ele. Ele precisa mudar a cabeça dele. É a pressão que é muito grande. Tudo que dá errado é Rodrigo. E não é assim. Tudo não pode ser ele?, argumentou.
Já na demissão de Aguirre faltando cinco rodadas para o fim do Brasileirão, Rocha revelou que era contra a demissão do comandante após partida contra o Corinthians. “Faltavam cinco rodadas, e eu falei isso para o Raí e algumas pessoas. Se eu estivesse na reunião, eu tentaria que não derrubassem o Aguirre. Em momento algum, nós falamos sobre queda de treinador. Raí estava muito triste, eu também, o time estava jogando muito mal. Mas o Aguirre foi importante para a gente. Não quer dizer que eu não queria o Jardine. Acho que capacidade ele tem, poderia assumir depois. Se eu estivesse nessa reunião, deixaria os cinco jogos”, contou.