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Prestes a ser anunciado pelo São Paulo, Pablo poderá ser centroavante, jogar pelo lado ou até um “meia” na equipe de André Jardine.
Quando confirmar a contratação de Pablo, o São Paulo ganhará um atacante de múltiplas funções. André Jardine poderá utilizá-lo em três posições distintas. O técnico sabe disso. É uma das razões que transformaram Pablo no alvo número um do São Paulo para reforçar o ataque.
O jogador terminou 2018 como centroavante do Athletico. Foi sua melhor temporada em desempenho e resultados: 16 gols e o título da Copa Sul-Americana. No São Paulo, ele será um dos pilares da formação de um estilo de jogo, que passa pelas preferências de André Jardine.
O posicionamento de Pablo vai depender do sistema de jogo. Se Jardine optar por três atacantes, ele poderá ser tanto centroavante como um externo, que atua pelos lados do campo.
Caso o jovem treinador escale o São Paulo com duas linhas de quatro e dois na frente, Pablo tem características para ser a referência ou o “segundo atacante”, que se movimenta mais em torno do companheiro. Diego Aguirre chegou a escalar a equipe com essa formatação, usando Diego Souza e Gonzalo Carneiro, depois que Nenê perdeu espaço entre os titulares.
Pablo ao lado de seu ex-técnico, Paulo Autuori — Foto: Monique Silva
Essa multiplicidade tática de Pablo tem a ver com um velho conhecido do São Paulo: Paulo Autuori foi técnico do jogador no Cerezo Osaka, do Japão, e no Athletico. O atacante de 26 anos o considera um dos melhores do mundo. Diz ter evoluído taticamente nos dois períodos em que trabalhou com Autuori.
Veja abaixo as possibilidades para Pablo no São Paulo:
- Centroavante
Pablo pode ser “o nove” em qualquer sistema tático. Todos têm uma porta aberta para a utilização de um centroavante. Pablo não é um jogador estático. Significa que não ficará preso à área, à espera de oportunidades. Mesmo assim, seu sucesso dependerá bastante da presença de companheiros rápidos, que possam se aproximar dele e fazer volume ofensivo para criar espaços onde Pablo possa definir as jogadas.
Em 2018, o São Paulo sofreu muito, especialmente quando não teve Everton. Seus volantes e laterais não tinham o costume de entrar na área. Nenê minguou física e tecnicamente ao longo da temporada.
No esquema mais habitual do São Paulo-2018, Pablo poderia jogar aberto ou centralizado — Foto: GloboEsporte.com
- Externo
Antes de mais nada: por que externo e não ponta, nomenclatura habitual? Porque o futebol está se ajustando e ponta é aquele jogador que, habitualmente, inicia e finaliza jogadas pelo lado, com drible, velocidade. Rojas é um ponta. Willian, do Chelsea, também. Douglas Costa idem.
Pablo dificilmente será um ponta, mesmo que jogue pelo lado do campo. Seu movimento natural tenderá a ser de fora para o centro, onde poderá se aproximar do centroavante – Diego Souza, por exemplo.
A questão é a recomposição defensiva? Quem faz essa função normalmente precisa formar uma das linhas de marcação quando o outro time tem a bola. O trunfo de Pablo neste caso é o início de sua carreira profissional: ele chegou a atuar de lateral-direito pelo Athletico.
- Segundo atacante ou meia
Se Jardine escalar o São Paulo com dois atacantes, Pablo pode ser tanto o centroavante como o jogador de maior movimentação. Em resumo, ou Diego Souza ou Nenê. Com uma diferença: Pablo tem características mais de definição do que de criação. Por isso, chamá-lo de meia, posição na qual ele também já atuou na carreira, pode ser um equívoco.
Pablo pode fazer qualquer função do ataque num esquema com dois jogadores avançados — Foto: GloboEsporte.com