Hudson critica oscilação do SPFC em 2018, e projeta time mais forte em 2019

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José Eduardo Martins – Do UOL, em São Paulo

Hudson espera um São Paulo ainda mais forte na temporada 2019
Pedro Vale/AGIF – Hudson espera um São Paulo ainda mais forte na temporada 2019

São Paulo terminou 2018 sem conquistar um título. Ainda assim, o clube tem motivos para comemorar. No Campeonato Brasileiro, a equipe chegou a liderar a tabela de classificação, e garantiu uma vaga para Pré-Libertadores. Por isso, Hudson faz um balanço positivo da temporada, apesar de criticar a oscilação de performance nas competições. 

“A equipe cresceu bastante de rendimento, e eu consegui acompanhar a evolução do time. No finalzinho, infelizmente, não foi como a gente esperava. Criamos uma expectativa, demonstramos que poderíamos ter conquistado algo a mais pelo São Paulo, mas, infelizmente, o time não foi tão regular quanto precisava ser para conquistar o Brasileiro. Fica o balanço de um ano em que o São Paulo se reconstruiu com um novo time, e que podemos fazer um 2019 muito bom”, avaliou o capitão Hudson, em entrevista concedida ao UOL Esporte antes do início das férias. 

Depois de defender o Cruzeiro em 2017, Hudson retornou ao São Paulo. O volante demorou para se consolidar outra vez no Tricolor por causa de uma lesão de grau 4 na coxa direita, sofrida ainda quando jogava pelo time mineiro.

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“Foi um ano que começou um pouco difícil para mim, porque cheguei ao São Paulo com uma lesão mais séria do que pensava ser e que me incomodou, pelo menos até o começo do Brasileirão. Tive de parar ao menos duas vezes nos quatro primeiros meses do ano para me tratar e me recuperar para fortalecer o músculo do adutor.” 

Confira os principais trechos da entrevista com Hudson:

Oscilação

Às vezes, a gente pecou um pouco por causa da falta de confiança para reverter um resultado adverso, por não ter cabeça suficiente e um plano de jogo para reverter uma situação. Eu acho que a maior missão do Jardine é fazer com que as pessoas vejam o São Paulo com um jeito de jogar. É isso que a gente tem de buscar para o São Paulo não oscilar tanto, para que a gente possa superar as dificuldades. A nossa missão é essa para que 2019 seja melhor do que 2018.

São Paulo surpreendeu

Acho que o São Paulo superou as expectativas, sim, e eu particularmente prefiro assim. Não gosto de ser taxado de favorito. O São Paulo surpreendeu até certo ponto do campeonato, mas não teve força suficiente para ser campeão. Mas o clube mostrou que tem uma equipe que pode brigar por todos os títulos para ser campeão em 2019. Com um pouquinho mais de regularidade e uma estratégia melhor, podemos brigar pelos títulos.

Capitão

Não foi a primeira vez que tive essa experiência de ser capitão. Já tinha sido capitão do São Paulo em 2016. Nosso grupo tem jogadores de muita experiência. Então, eu peguei essa responsabilidade, que é muito grande, como um desafio na carreira. Eu tive o apoio dos meninos, da diretoria e da comissão técnica. Fico muito feliz, mas é uma responsabilidade muito grande e esperamos que isso faça com que eu possa crescer cada vez mais aqui no São Paulo. É mais uma responsabilidade perante muitas outras que tenho por ser um jogador do São Paulo.

Impressão deixada por Jardine

Muito boa [a impressão que o treinador deixou], porque ele implementou as ideias dele. Teve pouco tempo de treino. Mas começamos a entender o que ele quer passar. Acho que com tempo e uma boa pré-temporada, a gente vai assimilar muito melhor e passar para o campo o que ele quer.

Técnico jovem

Não faz diferença o fato de ele ser tão jovem. É um cara inteligentíssimo, e é vencedor. Não é por acaso que ele é o treinador do São Paulo. Entendemos que as ideias dele podem acrescentar muito para a nossa equipe, que precisa de alguns ajustes.

Nota da redação: André Jardine, o treinador do São Paulo, tem 39 anos. 

Libertadores

Estou ansioso demais para jogar a Libertadores. É um campeonato muito especial para o São Paulo, para a instituição é completamente diferente jogar esse torneio. O São Paulo tem cara de Libertadores. Em 2016 não tínhamos um time excelente, mas era uma equipe com cara de Libertadores. Então, eu tenho certeza de que vamos ter um time com cara de Libertadores, que vai brigar para fazer a melhor campanha possível. O torcedor dá uma importância muito grande para a Libertadores, e nós também. É um campeonato que marca a carreira de qualquer jogador.