São Paulo x Vasco: veja por onde andam os jogadores da final da Copinha de 1992

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GloboEsporte.com

Felipe Schmidt e Henrique Toth

27 anos depois, as duas equipes se enfrentam de novo na decisão; duelo anterior revelou craques conhecidos.

São Paulo e Vasco fazem nesta terça-feira, às 15h30 (de Brasília), no Pacaembu, a final da Copa São Paulo de Futebol Júnior. A partida terá transmissão ao vivo de TV Globo, SporTV e GloboEsporte.com.

Em 1992, as duas equipes estavam para se enfrentar, no mesmo dia e no mesmo local, pela final da Copinha daquele ano. O Vasco saiu vencedor naquela edição, ao bater o Tricolor nos pênaltis.

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Mas já parou para pensar onde foram parar os jogadores que atuaram naquela final? Teve atleta que virou ídolo no Vasco, teve jogador que foi campeão mundial pelo São Paulo e muito mais.

As escalações foram as seguintes:

Vasco: Caetano; Pimentel, Alex, Tinho e Josenilson (Fábio); Vianna, Leandro, Vitor e Denilson (Pedro Renato); Valdir Bigode e Hernande. Técnico: Gaúcho

São Paulo: Alexandre; Pavão, Sérgio Baresi, Nelson (Gilmar) e Cleomir; Mona, Pereira, Andrey e Evandro (Doriva); Catê e Toninho. Técnico: Oscar Bernardi

Valdir Bigode era craque do Vasco da Copinha e depois virou técnico do clube — Foto: Paulo Fernandes/Vasco.com.br

Valdir Bigode era craque do Vasco da Copinha e depois virou técnico do clube — Foto: Paulo Fernandes/Vasco.com.br

São Paulo

Alexandre: Alexandre Escobar Ferreira foi o goleiro do São Paulo na Copinha de 1992. Sua carreira, porém, foi tragicamente interrompida no dia 18 de julho daquele ano. Alexandre faleceu em um acidente automobilístico. O goleiro tinha apenas 20 anos de idade. Alexandre tinha tudo para ter uma carreira brilhante pela frente, ele até fez parte do elenco campeão da Libertadores em 1992.

Pavão: Pavão, ou Pavãozinho, era lateral-direito do São Paulo na Copinha de 1992. Ele jogou no São Paulo de 1991 até 1996. Pavão deu azar de disputar posição com jogadores como Cafu e Vitor, mas em 1994 ele fez um bom Campeonato Brasileiro, ganhando o prêmio Bola de Prata da Revista Placar. Em 1997 começou a perambulação do jogador por diversos times, tanto nacionais como internacionais, como Áustria Lustenau.

Sérgio Baresi: Zagueiro do São Paulo naquele ano, Sérgio Baresi não teve muito sucesso no futebol. Pelo Tricolor, Baresi ganhou a Copinha de 1993, ao lado de Rogério Ceni. Depois de se aposentar em 2004, virou treinador. Ele comandou o time Sub-20 do São Paulo de 2008 até 2011. Em 2010 ele voltou a conquistar a Copinha pelo Tricolor, agora como treinador.

Nelson: Nelson, zagueiro do São Paulo, foi vice-campeão da Copinha em 1992 e campeão em 1993. O jogador, porém, não fez mais sucesso em times grandes após a categoria de base.

Cleomir: Lateral do São Paulo na competição, Cloemir teve uma passagem curta no Tricolor. No mesmo ano ele saiu do clube e começou a rodar por diversos times, até se aposentar no Rio Branco, em 2008.

Mona: Volante do São Paulo naquele ano, Mona foi um dos melhores jogadores daquela edição da Copinha. Ele ficou no Tricolor até 1996, fazendo parte do “expressinho”. Sua carreira, porém, desandou após isso. Ele passou por diversos times de menor expressão, até se aposentar no Operário de Santa Catarina.

Emerson Pereira: Outro volante do São Paulo na Copinha de 1992, Pereira ficou no time até 1995. Mas foi fora do Brasil que o jogador fez sucesso e virou ídolo. Em 95, Pereira foi transferido para o Colo-Colo, ficando até 1998 no time chileno. Lá ele ganhou uma Copa do Chile, dois Campeonatos Chilenos e um Torneio Clausura.

Andrey: Ex-centroavante do São Paulo, Andrey foi o autor do gol contra o Corinthians na semifinal da Copinha de 1992. No profissional, o jogador foi transferido para o América-MG e depois para o futebol mexicano.

Evandro: Jogou a Copinha pelo São Paulo emprestado pelo Grêmio de Maringá, do Paraná. Após isso, porém, o jogador não ficou no Tricolor.

Doriva: Doriva não foi titular na final, mas entrou ao longo da partida. O agora técnico jogou essa Copinha pelo São Paulo e foi emprestado, mas voltou em 1993 para conquistar a Libertadores e o Mundial pelo clube. Depois disso o jogador passou por times como Atlético Mineiro, Porto, Sampdoria, Middlesbrough e Mirassol. Ele treinou o São Paulo em 2015, mas não teve muito sucesso.

Catê: Marco Antônio Lemos Tozzi, o Catê, fez parte do elenco campeão Mundial do São Paulo. Ele passou por clubes de grande expressão como o Cruzeiro, Sampdoria e Flamengo. Catê se aposentou em 2008, quando atuava no Brusque. Aos 38 anos, porém, o jogador faleceu em um acidente de trânsito.

Toninho: Toninho venceu a Copinha de 1993 pelo São Paulo, junto com o Rogério Ceni. No ano seguinte, em 1994, ele fez parte do chamado “expressinho” que conquistou a Copa Conmebol. Na partida de ida, contra o Peñarol, Toninho marcou um gol de bicicleta na vitória por 6 a 1. Depois do São Paulo, porém, ele não teve muito sucesso no futebol. Passou pelo Anderlecht, da Bélgica, pelo Salgueiros, de Portugal, pelo Ulsan Hyundai, da Coreia do Sul, e encerrou sua carreira no CRB.

Oscar Bernardi: O técnico do São Paulo na Copinha de 1992 é um rosto conhecido pelo torcedor são-paulino. Oscar Bernardi foi jogador do São Paulo nos anos 80, atuando em 294 jogos. Ele ganhou quatro Paulistas e um Brasileiros pelo Tricolor. Em 1991 foi contratado para ser auxiliar de Telê Santana, e acabou dirigindo o time da base na Copinha. Após o final da competição, porém, ele pediu demissão. Depois disso treinou times como o Guarni, Al-Hilal, Cruzeiro e Kyoto Sanga F.C.

Catê jogou no profissional do São Paulo e morreu de maneira precoce aos 38 anos — Foto: Djalma Vassão / Agência Estado

Catê jogou no profissional do São Paulo e morreu de maneira precoce aos 38 anos — Foto: Djalma Vassão / Agência Estado

Vasco

Caetano: com passagem pelas seleções de base, era o titular absoluto do Vasco campeão da Copinha. Foi promovido ao elenco profissional e permaneceu no clube até 1999, sempre como reserva. Disputou 78 jogos e teve papel importante na conquista da Libertadores de 1998. Depois, passou por clubes menores até encerrar a carreira no Bonsucesso em 2008.

Pimentel: após o título da Copinha, firmou-se no time titular do Vasco e marcou época como um dos principais laterais do país, com velocidade e disposição. Deixou o clube em 1997 e passou ainda por Palmeiras, São Paulo e Flamengo. Participou do tricampeonato carioca (1992, 1993 e 1994).

Alex Pinho: outro a ser promovido para os profissionais. Ficou no Vasco até 1999 e foi um bom reserva na zaga formada por Odvan e Mauro Galvão. Conquistou o tri carioca, o Brasileiro de 1997 e a Libertadores de 1998. Passou depois por Bahia, Náutico, Santa Cruz, Sport e Paysandu.

Tinho: foi o capitão do time campeão da Copinha. Disputou 152 jogos pelo Vasco até 1998, quando deixou o clube. Aposentado, chegou a treinar o juvenil cruz-maltino. Hoje, faz parte da equipe de másters.

Josenilson: logo após a Copinha, foi emprestado ao Americano. Não voltou mais ao Vasco e passou a ser constantemente cedido. Defendeu ainda Rio Branco-ES, Operário-MT e Mixto. Se aposentou em 2002 no São Cristóvão. Hoje, é operador de máquinas no Rio de Janeiro.

Vianna: também foi emprestado ao Americano depois da Copinha. Sem chances no Vasco, passou pelo futebol grego e pelo Fluminense. Encerrou a carreira no Volta Redonda, em 2002.

Leandro Ávila: participou do tri carioca e ficou no Vasco até 1995. Depois, seguiu carreira vitoriosa: passou por Botafogo, Palmeiras, Fluminense, Flamengo, Internacional e Al Hilal, da Arábia Saudita. Foi Bola de Prata da Revista Placar em 1995, ano em que conquistou o Brasileiro com o Botafogo. Hoje, é treinador de futebol.

Leandro Ávila e Doriva jogaram por Vasco e São Paulo; depois, trabalharam juntos no Atlético-PR como auxiliar e técnico — Foto: Divulgação/ Site oficial Atlético-PR

Leandro Ávila e Doriva jogaram por Vasco e São Paulo; depois, trabalharam juntos no Atlético-PR como auxiliar e técnico — Foto: Divulgação/ Site oficial Atlético-PR

Vitor: camisa 10 na Copinha, encerrou a carreira com apenas 25 anos, devido a uma operação mal sucedida no joelho direito. Participou do tricampeonato carioca, mas sempre como reserva. Hoje, é corretor de imóveis em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro.

Denilson: apelidado de Jacozinho, foi emprestado ao Americano após a Copinha. Quebrou a perna com 22 anos, após voltar de uma experiência no futebol árabe, e ficou duas temporadas parado. Passou pelo Olaria e encerrou a carreira no Rio Grande do Sul, com 38 anos.

Valdir Bigode: foi o grande nome desta geração. Artilheiro do Vasco na Copinha, fez sucesso quase instantâneo ao ser promovido ao profissional. Foi artilheiro do Carioca em 1993 e participou do tri estadual (92, 93 e 94). Vendido ao São Paulo em 1995, passou ainda por Benfica, Atlético-MG (foi campeão da Copa Conmebol em 1997), Botafogo e Santos. Retornou ao Vasco em 2002 e foi artilheiro do Carioca em 2003. Ao todo, foram 226 jogos e 106 gols. Foi auxiliar técnico do clube de 2015 a 2018 e dirigiu a equipe interinamente em seis partidas: quatro empates e duas vitórias.

Hernande: teve passagens pelas seleções de base e integrou o elenco profissional do Vasco até 1995, mas sempre como reserva. Em 2001, foi preso por ter atropelado quatro pessoas num acidente em 1995, e cumpriu pena por sete meses. Encerrou a carreira em 2008. Hoje, trabalha numa fazenda em Alegrete, sua cidade natal, no Rio Grande do Sul.

Gaúcho: cria do Vasco. Jogou profissionalmente pelo clube entre 1971 e 1979. Em 1991, assumiu o sub-20 como técnico e conquistou a Copinha no ano seguinte. Assumiu o profissional de forma interina em 1993. Depois de consolidar sua carreira, voltou ao Vasco em 2009 para o sub-20. Ainda treinou de forma efetiva a equipe principal em 2010 e 2012-2013.