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Bruno Grossi
Há uma ideia que André Jardine tem feito questão de tornar pública em suas entrevistas. O técnico do São Paulo já havia tocado no tema contra o Mirassol, no sábado passado, e voltou a abordá-lo na última quinta-feira, após a vitória por 3 a 0 sobre o Novorizontino: a comissão técnica quer promover rodízio na equipe titular, mas sem deixar que o sistema de jogo seja afetado.
“Estamos procurando um padrão de jogo para que quem entrar possa se encaixar rapidamente e o São Paulo ter uma identidade agressiva. Isso requer tempo e condição física. Então são vários pontos que vamos pesando jogo a jogo, como desgaste físico. A gestão das oportunidades que terei de fazer pelo elenco de qualidade que temos é um desafio importante”, explicou.
Nos quatro jogos do São Paulo na temporada – dois na Florida Cup e dois no Campeonato Paulista -, o mesmo esquema de jogo foi apresentado, inclusive quando a equipe reserva estava em campo:
Uma linha de quatro na defesa, com o lateral-direito subindo por dentro e o esquerdo chegando à linha de fundo. Dois meio-campistas, com um recuando para a saída de bola e outro funcionando como armador. O ponta direita mais organizador e o ponta esquerda mais agudo. O centroavante com mobilidade, trocando de posição com o meia central.
Jardine não abre mão desse formato, por mais que os jogos possam exigir pequenas variações para situações específicas. A ideia de deixar um esquema mais bem definido é facilitar a adaptação dos jogadores que precisarem entrar, seja por opção ou por necessidade. Algo que deve acontecer com frequência para quem tem maratona de partidas no Paulistão e na Copa Libertadores.
“Quero fazer a equipe competitiva a cada jogo, com uma estratégia adequada. Vai exigir muita observação minha e da comissão. Vamos entrar forte em todo jogo, respeitando a condição de cada jogo e adversário. E vou procurar conduzir o ano todo dessa maneira, premiando quem está melhor momento. Alguns vão ter que esperar a vez e torcer para quem entra. O ano é longo e só vai dar certo se todo mundo entender isso, que uma hora sentarão no banco e vão precisar torcer pelos outros”, alertou.
Contra o Novorizontino, Jardine trocou três peças em relação à estreia diante do Mirassol. Assim, Arboleda, Jucilei e Helinho chegarão mais inteiros para enfrentar o Santos no domingo, às 17h, no Pacaembu.
Já Hernanes tem sido preparado sem pressa, pois ficou dois meses parado, ainda não está na melhor condição física e pode ser desfalque de novo contra o Peixe. Diante dessa dúvida, Jardine tirou Nenê logo aos 12 minutos do segundo tempo e deixou o camisa 10 menos desgastado para o San-São.