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Marcelo Hazan
“O São Paulo sai de um momento difícil, de tensão, e passa a reviver seus grandes momentos”, diz presidente; elenco terá mudanças e zagueiro está fora no próximo ano
A presença garantida na Taça Libertadores muda o planejamento do São Paulo para 2016. Depois de ver a vaga assegurada, o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, fez projeção otimista para o próximo ano. Depois da temporada turbulenta, com renúncia do ex-presidente Carlos Miguel Aidar, sob denúncias de corrupção, e eliminações no Paulista e na Copa do Brasil, a esperança é de um futuro melhor.
– Podem esperar o tamanho do São Paulo, aquilo que ele representa: sempre buscando participar de forma grandiosa, honrando a sua história e a grandeza da camisa. O São Paulo sai de uma fase difícil, de tensão, e passa a reviver seus grandes moemntos. Esse é o São Paulo – disse Leco.
Apesar do otimismo, o presidente reconhece a necessidade de mudanças. Depois de sofrer a goleada por 6 a 1 para o time reserva do rival Corinthians, no dia 22 de novembro, Leco cobrou o elenco por enxergar falta de comprometimento. Agora, a promessa é de reformulação.
– Precisa fazer algumas coisas, alguns ajustes, mas não é nada demais – disse.
Uma das saídas confirmadas para 2016 é a do zagueiro Edson Silva. O clube confirmou o desligamento do zagueiro no material de imprensa divulgado para o jogo com o Goiás, no qual destaca a despedida do defensor após 118 jogos e sete gols pelo São Paulo. Desde 2012 no Morumbi, ele conquistou o título da Copa Sul-Americana.
Além dele, Rogério Ceni (aposentadoria), Alexandre Pato (empréstimo do rival Corinthians), Luis Fabiano (pode acertar com o Tianjin Songjiang, da China) são baixas certas. O zagueiro Luiz Eduardo, e o goleiro Léo são outros atletas com vínculo no fim que devem sair.
Reinaldo, Wilder Guisao e Bruno são jogadores com futuro incerto. Também há questionamentos nos bastidores sobre o custo-benefício de Wesley. É possível que o elenco atual de 31 profissionais tenha mais de 10 baixas, o que representaria uma redução de um terço – o número não leva em conta as novas contratações.
Atualmente o departamento de futebol consome cerca de R$ 8 milhões por mês. O Tricolor informa que gasta aproximadamente R$ 4,5 milhões mensais com folha salarial (salário e direitos de imagem) do elenco, mas a conta não inclui encargos trabalhistas, nem luvas (prêmios por assinatura de contrato), custos envolvidos em qualquer contratação.
Ufa um a menos, já foi Ceni, Pipoca, Pato, Edson Betoneira. Faltam Wesley, Lucão, Migué Bastos, Hudson, Luiz Eduardo, Bruno, e Carlinhos. Aí sim será reformulação completa.