“Enquanto me sentir capaz, vou seguir”, diz Jardine

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GazetaEsportiva.net

José Victor Ligero e Marcelo Baseggio

Em entrevista coletiva, André Jardine mostrou abatimento e admitiu estar bastante frustrado com a eliminação do São Paulo na Copa Libertadores. Na noite desta quarta-feira, no Morumbi, o time tricolor não passou de um empate sem gols diante do argentino Talleres, que avançou na competição por ter vencido o jogo de ida por 2 a 0.

“Eu sou muito consciente e autocrítico. Talvez a maioria dos treinadores sejam assim também. Sendo bem sincero, é bem frustrante o que eu consegui extrair até agora. Eu tinha uma expectativa muito maior. Atitude não faltou, a equipe se entregou no seu limite. Eu posso garantir, especialmente para a nossa torcida, que eles foram no seu limite. Taticamente e tecnicamente fomos abaixo, e essa responsabilidade é minha”, avaliou.

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Xingado pela torcida em protesto na frente do estádio, o treinador não entregou o cargo apesar da enorme pressão e, ao ser questionado se estaria à beira do gramado no próximo jogo, disse que seguirá como técnico do São Paulo enquanto se sentir capaz de trabalhar como tal.

“Eu realmente não sei dizer qual é o meu limite. O que eu sei é que quem está no futebol… jogadores, presidente, Raí, estamos sujeitos e estamos aqui para suportar a pressão que é estar no São Paulo. O São Paulo é muito grande. A pressão dos anos que não conquista, a gente sabe de tudo isso. Todos estamos trabalhando, todos os dias, acreditando que teremos um grande ano. Enquanto eu me sentir capaz e com força para seguir, eu vou seguir, sim”, afirmou.

Perguntado se havia conversado com o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva e com o diretor-executivo de futebol Raí no vestiário, Jardine falou que o momento é de tristeza e de unir forças.

“Nós, no São Paulo, temos o hábito de estar juntos na derrota e na vitória. Todos estão tristes. As palavras que falamos um para os outros são de força. Não se fala muito”, disse, admitindo a superioridade do time argentino no confronto eliminatório. “O Talleres imprimiu uma marcação agressiva nos dois jogos, isso nos incomodou bastante. Nenhum momento nosso time teve tranquilidade para jogar. Isso foi o maior mérito do Talleres no jogo de hoje, praticamente anulou nossas principais virtudes. Ansiedade pode ter nos atrapalhado um pouco, alguns jogadores tentaram resolver o problema com o que se passava na cabeça”, concluiu.

Com ou sem André Jardine no comando, o São Paulo volta a campo no próximo domingo, às 19 horas (de Brasília), para enfrentar o Corinthians pela sétima rodada do Campeonato Paulista, em Itaquera.

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