Com carisma insuperável, Juvenal Juvêncio foi o cartola mais vitorioso da história do São Paulo. Contando suas passagens como diretor de futebol e presidente (duas vezes em cada função), ele ganhou quatro Campeonatos Brasileiros, um Mundial, uma Taça Libertadores, três Paulistas e uma Copa Sul-Americana.
Galeria de troféus inigualável para um presidente que também colecionou inimigos e fez a dívida do clube explodir no seu segundo período como principal mandatário do clube, que se estendeu por longos oito anos (entre 2006 e 2014) depois que Juvenal, acusado de golpe pela oposição, conseguiu um terceiro mandato.
Em 2005, o último ano antes da volta de Juvenal, o São Paulo, segundo estudo do consultor Amir Somoggi, tinha uma dívida de R$ 27 milhões. Em 2013, o último completo com o cartola falecido nesta quarta-feira, a dívida tinha crescido praticamente nove vezes, chegando a R$ 251 milhões. Isso mesmo com vendas milonárias de jogadores (só com Lucas foram mais de R$ 100 milhões para os cofres do Morumbi).
Já o aumento de receitas na era Juvenal foi bem menor, não chegando a quatro vezes. De acordo com Somoggi, o São Paulo faturou R$ 114 milhões em 2005 e R$ 365 milhões em 2013.
Além do rombo nos cofres, Juvenal ainda perdeu a disputa para colocar o Morumbi na Copa de 2014. Após brigar com o então presidente da CBF, Ricardo Teixeira, viu o Mundial cair no colo do Corinthians e sua nova arena, em Itaquera. No programa Bola da Vez, no ano passado, ele colocou a culpa da derrota são-paulina em José Serra quando o político tucano era governador de São Paulo.
Cumpriu seu papel, nos destruiu