Campeões pelo Grêmio, Mancini e Felipão duelam em clássico

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GazetaEsportiva.net

Bruno Ceccon e José Victor Ligero

Dois amigos de longa data protagonizarão um duelo particular no Choque-Rei das 16h30 (de Brasília) deste sábado, no Pacaembu, pela 11ª rodada do Campeonato Paulista. Vagner Mancini, técnico interino do São Paulo, e Luiz Felipe Scolari, treinador multicampeão do Palmeiras, trabalharam juntos e fizeram história no Grêmio de 1995.

Naquele ano, Felipão comandou Mancini nas campanhas dos títulos do Campeonato Gaúcho e da Copa Libertadores da América. A dupla, inclusive, ajudou a eliminar o Palmeiras nas quartas de final do torneio continental, após duas partidas históricas.

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O ex-meia substituiu Paulo Nunes no segundo tempo do jogo de volta, no antigo Palestra Itália, onde o Grêmio perdeu por 5 a 1. O resultado, porém, não tirou a classificação dos gaúchos, que haviam vencido o duelo de ida por 5 a 0, no Estádio Olímpico, em Porto Alegre.

Em 1995, Mancini participou de sete dos 14 jogos da Libertadores. Começou como titular do time de Jardel, Arce e companhia, mas uma lesão o fez perder tal status para Arílson. Embora não tenha sido um dos protagonistas daquela conquista, era visto como uma liderança no elenco dirigido por Felipão.

“O Mancini como pessoa é muito educado, correto e inteligente desde a época como atleta. Ele sempre se colocou assim para auxiliar o treinador. Sempre tratou todos com muito respeito”, disse Scolari à Gazeta Esportiva. Atualmente, mesmo em lados opostos, eles mantêm a boa relação e amizade construída nos tempos de Grêmio.

“Como atleta foi excelente na articulação das jogadas. Jogava como ponta de lança. Foi razoável na marcação e tinha uma chegada à frente com muita qualidade. Muito inteligente para jogar. Ele leva estas qualidades e visão de jogo como treinador. Fiz grande amizade com ele. Estamos sempre em contato. Será um prazer revê-lo no sábado”, declarou o palmeirense.

Do outro lado, o discurso não é menos elogioso. Apesar de ter trabalhado com Felipão durante apenas uma temporada, Mancini garante ter absorvido os ensinamentos e as principais virtudes do pentacampeão mundial.

“O Felipão é um amigo que tenho no futebol, uma pessoa que admiro. Aprendi muito com alguns treinadores que tive a felicidade de ter ao longo de 20 anos como jogador profissional, e o Felipão foi um deles”, ressaltou Mancini, sem esconder o apreço pelo trabalho do colega. “A maneira como ele consegue tirar o máximo de cada atleta sem dúvida é o seu grande trunfo, aliado ao conhecimento tático. Vou fazer questão de dar um abraço carinhoso nele”, acrescentou.

O clima amigável, porém, irá perdurar só até o já programado cumprimento entre os treinadores neste sábado. Sob risco de eliminação, o São Paulo ocupa o segundo lugar do Grupo D, com 14 pontos, dois a mais que o Oeste. Já o Palmeiras lidera o Grupo B, com 19 pontos, e quer a vitória para se classificar de forma antecipada.