UOL
O São Paulo está na final do Campeonato Paulista, mas o caminho até a decisão e a reconquista da confiança da torcida resultam de um processo mais difícil do que Diego Lugano imaginava. Por isso, o dirigente tricolor valoriza o momento e torce pelo título estadual para quebrar o que chama de “círculo vicioso”. “Nesse círculo vicioso em que o São Paulo entrou nos últimos anos, está sendo muito difícil sair. Muito mais do que eu acreditava. (…) Um time como o São Paulo não pode ficar seis, sete anos sem ser campeão. Um time gigante no Brasil, na América e no mundo”, admitiu o uruguaio em entrevista ao programa “Seleção SporTV” hoje (11).
“O torcedor vive de título, a instituição vive de títulos. Quando eles não acontecem, vira um inferno. E isso é um círculo vicioso. E para ganhar título, precisa de um projeto sério, com visão. Mas quando você não tem resultados, há uma invasão externa incrível, de redes sociais, imprensa, do próprio clube. Torna quase impossível manter a linha sem ter que dar uma mudança brusca”, completou Lugano. Apesar de comemorar muito a chegada à final do Campeonato Paulista, feito que o São Paulo não conquistava desde 2003 (as edições de 2005 e 2006, nas quais o clube foi campeão e vice, foram disputadas em pontos corridos e, portanto, não tiveram final), o dirigente acredita que o time
precisa de um título para reafirmar sua reconstrução.
“Precisamos de um título para recomeçar, como foi em 2005, quando eu cheguei ao São Paulo e (o clube) estava em um período de crítica. Fomos campeões paulistas e começou uma sequência de títulos. Acho que o São Paulo está neste ponto de inflexão. Talvez, anos atrás, o São Paulo não desse ao Paulista a importância necessária. Mas hoje tem que dar o peso que tem, por ser um título”, afirmou o ex-zagueiro. Por fim, o ídolo deu a entender que não falta autocrítica e reflexão aos dirigentes do São Paulo. “Talvez, neste momento, tenha faltado olhar ao redor e ver que os rivais estavam crescendo. Quando você está no topo, tem que se reinventar.
Dentro do São Paulo, a gente sempre conversa e tenta achar o porquê de tantos anos sem título”, concluiu.