Hudson cresce na lateral direita e se torna pilar do setor defensivo do São Paulo no Paulistão

278

GloboEsporte.com

Eduardo Rodrigues

Volante de origem, jogador viu Tricolor tomar só um gol desde que assumiu nova função.

A boa fase da defesa do São Paulo, sem sofrer gols há quatro jogos, rende elogios à dupla de zaga Bruno Alves e Arboleda. O período do time sem ser vazado também coincide com a escalação de Hudson na lateral direita.

Volante de origem, o capitão do São Paulo passou a jogar no setor no início do mata-mata do Paulistão, e a equipe não perdeu mais.

Publicidade
Hudson em ação durante São Paulo x Ituano — Foto: Renato Pizzutto/BP Filmes

Hudson em ação durante São Paulo x Ituano — Foto: Renato Pizzutto/BP Filmes

Desde então, são cinco jogos de Hudson na lateral e apenas um gol sofrido. Foi diante do Ituano, pelas quartas de final, na vitória do Tricolor por 2 a 1.

Jogos de Hudson na lateral

  • São Paulo 2×1 Ituano
  • Ituano 0x1 São Paulo
  • São Paulo 0x0 Palmeiras
  • Palmeiras 0x0 São Paulo
  • São Paulo 0x0 Corinthians

E não é por falta de opção no setor que o volante permanece na posição. Cuca conta com Bruno Peres e Igor Vinicius, dois jogadores testados por André Jardine e até por Vagner Mancini, mas que não corresponderam conforme o esperado.

– Me sinto bem atuando de lateral, claro que é uma adaptação novamente porque já se passaram cinco anos (em 2014 ele foi utilizado por Muricy Ramalho na lateral direita). Minha posição de origem é volante, mas não tenho vaidade nenhuma em jogar fora de posição se é assim que o treinador pensa que é o melhor para a equipe – afirmou Hudson.

No último domingo, diante do Corinthians, no Morumbi, Hudson até poderia voltar a ser volante devido à baixa de Liziero horas antes da primeira final do Paulistão, mas o treinador optou por recuar Everton, promover a entrada de Carneiro e não mexer no lateral.

O capitão do São Paulo teve trabalho para segurar Clayson pelo lado, mas acertou dois desarmes importantes em jogadas perigosas do Corinthians na etapa inicial e ajudou a manter a meta de Tiago Volpi intacta.

– Muitas das vezes você fica no mano a mano com o atacante, que na maioria das vezes é um atacante rápido e habilidoso que atua pelos lados. Então a marcação fica mais definida, no meio já é mais posicionada – explicou Hudson.

Hudson teve participação consistente no primeiro jogo da final — Foto: Marcos Ribolli

Hudson teve participação consistente no primeiro jogo da final — Foto: Marcos Ribolli

A lateral direita, porém, não é uma novidade para o jogador. Em 2014, o ex-treinador Muricy Ramalho também o improvisou e ele se tornou um dos principais jogadores da campanha que levou o São Paulo à semifinal da Copa Sul-Americana daquele ano.

Na ocasião, ele deixou o garoto Auro, uma das promessas são-paulinas, no banco de reservas. No Cruzeiro, em 2017, Mano Menezes também aproveitou dessa polivalência de Hudson para suprir uma deficiência após a saída de Mayke para o Palmeiras e uma lesão de Ezequiel.

No próximo domingo, na Arena Corinthians, o jogador é presença certa na escalação de Cuca, que ainda tem problemas com Liziero, que é dúvida, e Pablo, desfalque no Majestoso que vale o título do Paulistão.

A final entre Corinthians e São Paulo terá transmissão ao vivo da TV Globo para os estados de SP e RS, com narração de Cleber Machado e comentários de Caio Ribeiro e Casagrande. SporTV e Premiere transmitem ao vivo para todo o Brasil com Milton Leite, Mauricio Noriega e Ricardinho. O GloboEsporte.com acompanha em tempo real, com vídeos, a partir das 13h. O site também fará uma “live” logo após o jogo, com Cleber Machado, Caio e Casagrande, mostrando os melhores momentos, as entrevistas de jogadores e técnicos e a festa do campeão.