Por que São Paulo ainda tem quantias a receber e pagar por PH Ganso

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UOL
Perrone

O São Paulo vendeu Paulo Henrique Ganso em julho de 2016 para o Sevilla, mas ainda tem dinheiro a receber e conta a pagar referente à transação. De acordo com o balanço relativo a 2018, o tricolor paulista tinha em dezembro do ano passado R$ 2.219.000 a pagar para a DIS, empresa que possuía participação nos direitos econômicos do meia, hoje no Fluminense. Também estão registrados R$ 3.328.000 que precisavam ser pagos à empresa Link Assessoria Esportiva, do agente André Cury, responsável pela intermediação da venda.

Segundo Elias Barquete Albarello, diretor executivo financeiro do São Paulo, as duas quantias não foram pagas até hoje porque o clube discute com o governo espanhol quanto precisa desembolsar em imposto para receber o dinheiro. “Eles aumentaram a alíquota que quem vende jogadores para clubes espanhóis tem que pagar. Isso não só para nós, em todas as negociações. Não concordamos e contratamos uma banca de advogados para discutir administrativamente. Só vamos receber (o dinheiro vindo do Sevilla pela compra de Ganso) quando resolvermos isso. Depois que recebermos, vamos fazer os repasses (para DIS e Link)”, disse o dirigente.

De fato, as demonstrações financeiras do clube mostram que em dezembro de 2018 havia dinheiro a receber do Sevilla pela transação: R$ 8.821.000. Os pagamentos a serem realizados para DIS e Link por conta da venda de Ganso já apareciam no balanço de 2017 só que eram menores. Na ocasião, foram registrados R$ 1.984.000 devidos para a DIS e R$ 2.975.000 para a Link. “Isso acontece porque os valores estão indexados ao euro e houve variação cambial”, afirmou o diretor financeiro.

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As demonstrações financeiras mostram uma série de casos em que o São Paulo ainda tinha no final do ano passado dinheiro a receber e a repassar por conta da venda de jogadores. Na maioria, são negociações parceladas que ainda não tinham vencido. Foram anotados R$ 31.063.000 a receber do River Plate por Lucas Pratto. O Atlético-MG aparece duas vezes no documento com quantias a receber relativas a seu ex-atacante. Numa são apontados R$ 5.403.000 pela venda dele ao São Paulo. Em outra, aparecem R$ 1.331.000 por participação nos direitos econômicos.