Raí rebate críticas após ida à França e comenta momento decisivo do São Paulo

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GazetaEsportiva.net

Raí está de volta ao Brasil para acompanhar o São Paulo na decisão contra o Bahia (Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press)

Na primeira entrevista concedida por Raí após a derrota do São Paulo para o Corinthians no último domingo, pela 6ª rodada do Campeonato Brasileiro, o diretor de futebol do Tricolor se justificou das críticas após viagem à Paris no fim de semana, e comentou sobre o momento delicado que a equipe do Morumbi vive na temporada.

“Primeiro de tudo, eu não tenho um evento só, sou convidado para 50 mil eventos por ano, e depois de cheguei no São Paulo larguei 99,999% de todos. Esse evento acontece há 16 anos, é um dos eventos pilares da França, já tenho compromisso assumido com parceiros. Era um dia específico que eu aproveitei para marcar compromissos de trabalho”, explicou Raí em entrevista ao canal Sportv.

No domingo, poucas horas antes da derrota do Tricolor para o Corinthians por 1 a 0, uma foto repercutiu negativamente por parte da torcida são-paulina. Na imagem, Raí aparece sorrindo em uma das quadras do complexo de Roland Garros, em Paris, palco do Grand Slam da França. O dirigente estava na Europa para tratar de assuntos relacionados à fundação da qual é presidente, a Fundação Gol de Letra

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Raí e sua namorada, Vivi Lescher, aproveitaram a ida à Paris para marcar presença em Roland Garros

“Claro que a gente sabe que existe uma questão que é momentânea, emocional, de ser um clássico. Gostaria de estar lá, não sabia que ia cair na data, mas quando caiu no sábado eu já marquei outros compromissos na segunda-feira e na terça para aproveitar a viagem, que foi muito proveitosa, com várias oportunidades boas para o São Paulo também”, concluiu.

Perguntado se o desafio de chefiar o futebol do São Paulo é o maior de sua carreira, o ex-camisa 10 do Tricolor negou e afirmou que não se arrependeu da viagem à França. “De jeito nenhum, já tive muitos desafios, terei outros, e quando tiver que marcar um evento para ajudar 4.500 crianças, eu marcaria de novo”.

Momento do São Paulo

Raí também foi questionado sobre o novo momento de tensão que passa o São Paulo na temporada. Após dois jogos seguidos sem vitória no Brasileiro, incluindo a derrota no clássico, e o tropeço em casa no jogo de ida da Copa do Brasil frente ao Bahia, a equipe precisa de vitória por dois gols de diferença na noite desta quarta-feira, em Salvador, para seguir vivo na competição eliminatória.

“O futebol é isso. O futebol brasileiro está acostumado, ou a gente ganha ou a gente é um derrotado. O clube vem com tombos, com erros, com crises, mas em uma ascensão. Se você pegar antes jogo do Bahia, a gente estava em 2º no campeonato, estamos dentro da Copa do Brasil, então as coisas mudam muito e esperamos que mude hoje novamente, com uma boa atuação”, pontuou o dirigente.

“Acho que o que mais importa é uma atuação convincente, resultado é normal, e o time realmente caiu nessa duas últimas semanas. O time começou muito bem o campeonato, com várias opções, o Cuca fez questão de mostrar que o time pode ter variações”, comentou.

“Estamos há um tempo sem fazer gol, eu acho que agora a gente tem que buscar uma estabilidade e a gente tem que fazer acertos no elenco, conversando com o Cuca, mas acho que temos um elenco rico hoje, com jovens que estão cada vez se sentindo confiantes e sendo importantes, e alguns jogadores mais experientes; essa mistura vital para todo time”, concluiu.Sobre sua administração no São Paulo, Raí preferiu focar nos poucos bons resultados da equipe desde o início de 2018 e salientar que houve uma melhora em relação aos anos anteriores de sua posse.

“Quando eu cheguei, o São Paulo vinha de dois anos lutando contra o rebaixamento (no Campeonato Brasileiro). Ano passado a gente conseguiu chegar no 5º lugar (do Campeonato Brasileiro), o que não é ideal, e neste ano chegamos a uma final de Campeonato Paulista contra o Corinthians”, finalizou.