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Marcelo Baseggio
Torcedores organizados do São Paulo compareceram em peso na porta do CT da Barra Funda, na manhã deste sábado, para protestar contra a má fase do time de Cuca. Em uma manifestação pacífica, aproximadamente 400 são-paulinos novamente pediram as saídas do presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, do diretor de futebol, Raí, e do gerente de futebol, Alexandre Pássaro.
Além da alta cúpula do São Paulo, alguns velhos conhecidos da torcida também foram alvo do protesto. Reinaldo, Jucilei e Nenê foram os mais xingados pelos tricolores, que também não esqueceram de Hudson, capitão da equipe na ausência de Hernanes.
A Torcida Independente, principal organizada do São Paulo, convocou não só seus afiliados, mas também os “torcedores comuns” na última quinta-feira para o protesto deste sábado. Os membros da agremiação saíram do Largo do Paissandú, no Centro da cidade, e foram caminhando até a Av. Marquês de São Vicente, onde está localizado o CT do Tricolor. Das quatro faixas da via, apenas o corredor de ônibus não foi ocupado pelo tricolores, responsáveis por um trânsito considerável nas cercanias.
A nova derrota para o Corinthians em Itaquera e a eliminação nas oitavas de final da Copa do Brasil para o Bahia foram o estopim para a fúria dos torcedores. Com apenas o Campeonato Brasileiro para disputar, o Tricolor entrará em campo neste domingo, contra o Cruzeiro, no estádio do Pacaembu, extremamente pressionado não só pela vitória, mas também pelo título da competição, como os próprios torcedores deixaram claro ao cantarem: “Não é mole, não, o Brasileiro virou obrigação”.
Além dos resultados ruins colecionados recentemente e a postura apática do São Paulo em jogos importantes, os torcedores também lembraram das agressões deferidas por seguranças do clube a um torcedor que estava no Aeroporto de Congonhas e se manifestou contra o mau momento da equipe durante o desembarque da delegação tricolor, que voltava de Salvador.
Apesar da presença de centenas de torcedores do São Paulo e do forte contingente policial, o protesto terminou de forma pacífica. Somente quando um dos tricolores arremessou uma lata de cerveja na direção dos seguranças do clube e dos militares que o clima ficou mais tenso, mas não o suficiente para a violência tomar conta.
No fim, as lideranças da Torcida Independente agradeceram pela presença dos torcedores na porta do CT na manhã deste sábado e prometeram que o protesto vai continuar neste domingo, a partir das 13h (de Brasília), em frente ao portão principal do estádio do Pacaembu, onde São Paulo e Cruzeiro se enfrentam às 16h, pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro.