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Jogando como um ponta das antigas ao buscar o drible a todo instante, Denílson se destacou quando surgiu no São Paulo e foi vendido para o Betis por 32 milhões de dólares em 1998, no que foi à época a maior transação da história do futebol. Com experiência para falar da posição que o consagrou no esporte e o colocou no grupo da Seleção Brasileira campeã mundial em 2002, o ex-jogador analisou o desempenho de outros atletas que tem atuado pelo setor.
Em participação no programa Mesa Redonda, da TV Gazeta, Denílson comentou sobre a utilização de Pedrinho, no Corinthians, e Alexandre Pato, no São Paulo. O jovem corintiano tem constantemente jogado pelos flancos com Fábio Carille, enquanto o atacante tricolor foi escalado no mesmo setor por Cuca no clássico contra o Palmeiras. Para o pentacampeão mundial, ambos estão jogando fora de posição.
“Para mim (o Pedrinho) é jogador para o meio. Fisicamente ele me parece muito frágil. Quando eu falo frágil, não é só no sentido de que ele é magrinho. Esse pulmão de ir e voltar ele não tem, não consegue. Fazendo uma analogia com o Alexandre Pato na última escalação do São Paulo, o Pato jogando no lado campo para mim também não serve”, disse.
Para exemplificar a tese, Denílson lembrou Vagner Love, que chegou a ser testado como ponta, mas acabou ganhando a posição de Gustagol centralizado no ataque alvinegro. Jogando como referência, o camisa 9 garantiu a vitória do time diante do CSA, no último domingo.“O Vagner Love, por exemplo, quando voltou para o Corinthians, ele atuava pelos lados do campo porque o Gustagol estava fazendo gol, jogando bem. O Vagner Love cumpriu taticamente essa função, só que tecnicamente ele não consegue dar um cruzamento”, analisou.
“Ele tinha essa dificuldade, mas centralizado é um dos melhores. Ele na entrada da área, segurando a bola para quem vai de frente, é um fenômeno nessa função, mas dos lados já não funciona. E o mesmo com Pedrinho, ele não tem gás para ir e voltar”, completou.