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O São Paulo terminou o ano passado agradecendo ao atacante Rogério pelas boas atuações e, principalmente, pelo golaço marcado diante do Goiás, na última rodada, que ajudou a assegurar uma vaga na Copa Libertadores da América de 2016. Somou-se a esse moral o fato de o clube ter perdido dois atacantes (Luis Fabiano e Alexandre Pato), o que colocava o “Neymar do Nordeste” como favorito para ser titular. Logo nos primeiros dias da pré-temporada, porém, Centurión foi o escolhido para fazer dupla com Alan Kardec, frustrando as suas expectativas, mas sem desanimar o jogador.
Mesmo assim, o avante assegura estar totalmente tranquilo com a condição de reserva imposta a ele. De fala mansa e bastante ponderado com suas ideias, o jogador disse não se preocupar em ter de esperar a sua chance chegar. Para exemplificar seu objetivo, citou uma expressão comumente utilizada na sua terra.
“Tem que estar ali preparado para dar trevo na cabeça do treinador”, comentou o atleta, arrancando alguns risos dos presentes. Trevo, no caso, é o local que fica na entrada das cidades, principalmente no interior do Brasil. De lá, pode se pegar ao menos três caminhos: seguir em frente, voltar para onde estava ou entrar no município em questão. É pensando nessa multiplicação de opções que o avante tem trabalhado.
“Futebol tem que ter disputa, tem que fazer sombra. Quando eu tiver titular, o Centurión também vai ter que fazer sombra para mim”, avaliou Rogério. Ano passado, por exemplo, ele relembrou o fato de ter chegado como quinta opção da equipe em 2015 e, logo nos primeiros jogos, ter convencido Juan Carlos Osorio de que merecia a titularidade.
“Eu sou funcionário do clube, tem que saber esperar a oportunidade. Eu cheguei ano passado e devagar fui buscando meu espaço. Essse ano vou fazer a mesma coisa”, prometeu, colocando uma taça com a camisa tricolor como seu grande objetivo. “Minha meta hoje é ser campeão pelo São Saulo. Meu sonho é esse desde que eu cheguei”, bradou o avante.
Para isso, aceitou até jogar como centroavante, posição em que foi escalado por Bauza nos treinos como reserva. Dessa forma ganharia mais uma frente de disputa para colocar “trevos” na cabeça do comandante. “Eu posso até jogar (de centroavante). Ano passado, houve algumas partidas em que eu joguei de centroavante, mas não é a mesma coisa. Prefiro atuar pelo lado esquerod, mas, se precisar, eu estou preparado para ser centroavante também”, encerrou.