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Guilherme Palenzuela
Fabio Braga/Folhapress
O técnico argentino Edgardo Bauza surpreendeu no São Paulo desde o primeiro treino tático de 2016, quando escolheu o compatriota Ricardo Centurión como titular. Duas semanas depois, o ponta esquerda continua na equipe principal e está escalado no time que enfrentará o Cerro Porteño nesta quarta-feira em amistoso no Paraguai. Agora, Centurión celebra a confiança e fala sobre o drama pessoal que o atrapalhou em 2015.
“Ano passado foi difícil. Além do pessoal, pra todo mundo no São Paulo. Foram embora dois treinadores muito bons. Mas pessoalmente estive mal, depois me recuperei muito bem, com certeza foi um processo. Com respeito ao Patón, primeiro e principal é que ele é muito boa pessoa, muito inteligente e esperamos que esse começo de ano, que já começa amanhã, faremos um trabalho da melhor maneira. Estamos trabalhando nisso, amanhã com uma vitória começamos com o pé direito”, falou o jogador.
“Não gosto muito falar disso, mas vou falar em espanhol para todos entenderem. Eu quando cheguei, com minha namorada, depois tive um problema pessoal complicado. Ela teve que viajar à argentina, sozinho, todos sabem que país diferente é complicado. Mas foi pouco. Depois com o tempo, com a ajuda dos meus companheiros, do Felipe, de muitos garotos eu soube passar esse mau momento. Hoje estou aqui para que seja um bom 2016 e oxalá com títulos”, completou.
Centurión elogiou Bauza pelo trato com os jogadores e detalhou as diferenças do argentino para o colombiano Juan Carlos Osorio.
“Eu falei com Patón, ele está disposto a me dar confiança e acho que é uma palavra muito boa pro jogador. Eu estava tentando achar essa confiança em um treinador para fazer meu trabalho. Estou jogando na minha posição que jogava no Racing e agora tudo depende de mim”, falou.
“Acho que o trabalho do Bauza, pelo que mostrou no San Lorenzo, gosta de jogar com as linhas bem perto. Quando tem a possibilidade de jogar ofensivamente, como gosta o argentino, ele gosta de encarar. Mano a mano”, disse. “Não trabalham da mesma forma, Patón busca ter as linhas mais próximas”, completou.
“Sobre Patón, ele tem a qualidade de separar o jogador e falar. Ele fala muito, está em cima do jogador, isso é muito bom. Acho que ele vai ajudar muito no sentido de dialogar com o jogador. Comigo falamos castelhano e isso é muito bom. Estou muito adaptado já ao futebol brasileiro. Com meus companheiros falo português, não perfeito, mas um pouquinho”, disse Centurión.
Centurión também disse que ficou impressionado com a recepção da torcida são-paulina ao uruguaio Diego Lugano. “Todos conhecem Lugano como jogador. Eu estava olhando no Instagram e me surpreendeu tanta gente no aeroporto. Me impressionou muito. Ele vai ajudar muito o grupo com a experiência. Tive a oportunidade de falar com ele, muito boa pessoa, ele está se preparando para em alguns dias estar conosco”.