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O presidente do São Paulo, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, será intimado a depor pelo Ministério Público após suas declarações em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, em que afirma contribuir financeiramente com a Torcida Independente, principal organizada do clube, na organização do carnaval, além de disponibilizar ingressos aos membros da agremiação.
A intenção do MP é fazer com que o São Paulo assina um compromisso para que não mais financie as torcidas, algo semelhante ao que foi feito com o Corinthians após a invasão de torcedores no CT do clube em 2014. Quem está tomando conta do caso é o promotor Gilberto Nonaka, que deverá apresentar o Termo de Ajustamento de Conduta em breve.
O São Paulo e a Torcida Independente não vivem uma boa relação há tempos. Na chegada de Diego Lugano no aeroporto da cidade nenhum membro das organizadas tricolores compareceu no local, boicotando o evento, que mesmo assim contou com milhares de são-paulinos. No último domingo integrantes da Independente se envolveram em uma grande confusão no estádio de Mogi das Cruzes, onde o São Paulo disputava uma vaga nas quartas de final da Copa São Paulo de Futebol Júnior. Torcedores confrontaram com a polícia e acabaram causando grandes danos no local.
Recentemente, em sua chegada ao São Paulo, o atacante Kieza foi fotografado com um boné da Independente, publicação que partiu da própria torcida em uma de suas redes sociais. O jogador comentou sobre o fato após as declarações de Leco, em que o dirigente afirma que os jogadores se relacionam com torcedores organizados por medo de sofrer represálias.
“Sempre tive boas relações com as torcidas organizadas. Medo nunca tive. Nunca vou ter medo de torcida organizada. Tem que ter respeito. Nós precisamos ter com eles e eles precisam ter com nós. Sabemos que eles cobram e cobram muito. Mas sempre me dei bem. Com relação à foto, foi um acaso. Aconteceu, não vi mal nenhum. Não vejo problema nenhum”, disse Kieza.
