Memórias Tricolor – Cafú, um polivalente

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Versátil, muiti campeão, menino pobre da periferia, guerreiro, batalhador, um verdadeiro vencedor, um dos melhores jogadores brasileiros Cafu fez história e é reverenciado por todos os amantes o futebol.

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Hoje, diferente de outras colunas, a Coluna Memórias Tricolor não irá contar a história deste grande jogador que chegou ao São Paulo ainda na década de 80 para as categorias de base, mais precisamente em 1986 pelos olhares atentos de nosso grande e eterno treinador Cilinho. Cafu estrelou no time principal somente em 1990, no São Paulo Futebol Clube Cafu jogou 273 jogos e marcou 38 gols, uma carreira muito vitoriosa.

No início Cafu começou como atacante, e depois passou a revezar entre as funções de volante e lateral direito, e se firmou como lateral direito e assim teve sua consagrada carreira. 

Pelo São Paulo foi Bicampeão Paulista em 1991 e 1992, Campeão Brasileiro 1991, Libertadores da América em 1992 e 1993, Mundial de Clubes em 1992 e 1993, Recopa Sul-Americana em 1993 e 1994 e Supercopa Libertadores em 1993, ou seja, mais títulos que muitos clubes por aí que se consideram grandes. Pela Seleção Brasileira foi Campeão em 1994 quando era reserva de Jorginho, mas entrou no jogo final contra a Itália e em 2002 sendo o Capitão daquela super seleção.

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Um dos jogos mais memoráveis de Cafu ocorreu no 1º jogo da final do Campeonato Paulista de 1992, o São Paulo além de Cafu tinha o lateral direito Vitor muito talentoso e em grande fase. O Mestre Telê Santana precisava fazer alguma de suas mágicas, era necessário surpreender o Palmeiras, o 1º jogo ocorreu em 5 de dezembro e, portanto antes do Mundial em Tóquio e o 2º jogo seria apenas após a longa viagem. 

Era preciso algo jamais pensado pelo treinador adversário, então Mestre Telê aprontou das suas e escalou Vitor na lateral direita e Cafu como ponta esquerda, mas com liberdade para jogar pelo meio. A vitória de por 4 a 2 teve todas as digitais de Cafu que marcou o 1º gol com um chute certeiro de fora da área, deu os passes para o 2º e 3º gol de Raí, e sofreu o pênalti que gerou o 4º gol. 

No jogo contra o Barcelona, Cafu atuou em sua função de ofício e foi simplesmente perfeito dando o passe a Palhinha que originou o 1º gol do título. Já Campeão Mundial o São Paulo voltou para enfrentar o Palmeiras no 2º jogo e mais uma vez Cafu foi deslocado para o ataque. O técnico adversário reforçou a marcação em Cafu e com isso deixou outros jogadores do São Paulo com maior liberdade, resultado São Paulo Bicampeão Paulista.

Ao final de 1994, Cafu partiu para a Europa, jogou pelo Real Zaragoza, e depois montaram uma armação para levá-lo ao Palmeiras, retornou a Europa jogando no Roma para depois se consagrar pelo Milan.

Capitão da Seleção Brasileira em 2002 coube a Cafu erguer a taça da conquista e irreverente Cafu homenageou sua esposa Regina e escreveu na camiseta “100% Jardim Irene” o bairro em que cresceu na periferia de São Paulo.

Pouco antes de pendurar as chuteiras Cafu se lançou ao mundo dos negócios, inclusive com uma empresa de guinchos a Cafu Guinchos, e montou uma fundação que leva seu nome e faz um brilhante trabalho social.

Casado com Regina Feliciano de Moraes mãe de seus três filhos Danilo, Wellington e Michelle, o vitorioso Marcos Evangelista de Morais montou uma linda família sempre reunida em sua casa em Alphaville, porém na noite de quarta-feira 4 de setembro após uma partida de futebol Danilo Feliciano de Morais passou mal, teve um infarto vindo a falecer.

Força Cafu! Força a você, sua esposa, seus filho e a todos os familiares, e a você grande ídolo Tricolor, eu como um pai que passei por isso dedico essa Coluna. Que Deus em sua infinita Sabedoria e Bondade receba Danilo em seus braços.

Gustavo Flemming, 41 anos de amor ao SPFC, é empresário no segmento de pesquisa de mercado e consultoria em marketing, conselheiro da Associação Comercial de São Paulo – Distrital Pinheiros, escreve a Coluna Memórias Tricolor desde maio de 2017.

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