Hudson destaca prioridade defensiva de Bauza e prevê time “a mil por hora”

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Marcelo Prado e Tossiro Neto

Para os jogadores que fazem parte do sistema defensivo do São Paulo, os conceitos de Edgardo Bauza agradam muito. É o caso de Hudson, volante que tem treinado entre os titulares (mas com novo posicionamento) na pré-temporada tricolor. Ele concorda com a ideia do técnico argentino: antes de mais nada, é preciso ajeitar “lá atrás”.

– A filosofia do Bauza propõe isso, estamos assimilando bem. Como temos jogadores de extrema qualidade, os treinadores que chegavam tinha mentalidade de montar uma equipe ofensiva. Ele chegou com mentalidade de arrumar primeiro a casa atrás e está conseguindo fazer isso bem. Lógico que são testes. Mas aproveitamos muito – disse o jogador, nesta terça-feira, ao final da vitória por 1 a 0 sobre o Boa Esporte, em jogo-treino disputado no Pacaembu.

A missão de transformar o São Paulo num time seguro foi entregue a Bauza pela diretoria, depois de uma temporada muito ruim. Zagueiro de sucesso no passado, o novo comandante já havia detectado essa necessidade rapidamente ao observar vídeos de 2015. Ficou claro para ele que muitos dos gols sofridos poderiam ter sido evitados.

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Hudson São Paulo (Foto: Tossiro Neto)Hudson aprovou o desempenho da equipe no jogo-treino contra o Boa (Foto: Tossiro Neto)

Uma das mudanças imediatas foi à frente da primeira linha. Não é somente um volante o encarregado de dar proteção à dupla de zagueiros.

– Eu ficava muito fixo à frente dos zagueiros no ano passado. O Bauza não tem essa prioridade. Ele pede que os volantes se revezem. O Thiago Mendes e eu estamos fazendo isso – explica Hudson, que valorizou a melhora de produção do time no segundo tempo do jogo-treino e se mostrou confiante para os primeiros compromissos oficiais da temporada.

– Pronto, não sei dizer (se o time está). Mas, psicologicamente, a rapaziada está a mil por hora para fazer um grande jogo em Campinas (contra o RB Brasil) e também contra o Cesar Vallejo. Esperamos fazer uma grande partida, quem sabe até conseguir uma vantagem lá. Acho que o pensamento é o melhor possível. Fisicamente, é normal não estar muito bem nos primeiros jogos, sem ritmo. Mas isso vamos adquirindo aos poucos.

O duelo em Campinas será diante do RB Brasil, no sábado, pela primeira rodada do Campeonato Paulista. No dia 4 de fevereiro, quarta-feira seguinte, o São Paulo vai ao Peru para enfrentar o Cesar Vallejo, pela primeira fase da Taça Libertadores. A partida de volta está marcada para o dia 10, no Pacaembu, palco que substituirá o Morumbi (cujo gramado está em reforma) e foi aprovado pelos jogadores.

– Vejo essa mudança pelo lado positivo. Aqui a torcida vai estar mais perto da equipe, vai conseguir fazer pressão maior do que consegue fazer no Morumbi. Acho que vai ser benéfico. Nós gostamos muito de jogar aqui, tem um campo que favorece o toque de bola.