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Em meio a declarações polêmicas de jogadores e do vice-presidente de futebol do São Paulo sobre as recentes cobranças da torcida, Carlinhos foi exceção nesta quarta-feira. Prestes a estrear no Morumbi com a camisa tricolor, depois de mais um mês de recuperação, o lateral esquerdo disse não ser contrário a manifestações contra o time.
“Manifestação é válida. Com palavras”, disse o ex-jogador do Fluminense, que não atua desde a primeira rodada do Campeonato Paulista. “Já tive situações (negativas) no meu clube anterior. Você cobrar, falar, é válido”.
No período em que foi desfalque, o lateral presenciou as duas derrotas para o Corinthians na temporada, em Itaquera e no Morumbi. Na última, no domingo, parte da torcida pediu raça aos jogadores ainda no primeiro tempo. Situação que, embora não estivesse em campo, Carlinhos já havia passado no dia anterior, quando o técnico Muricy Ramalho ensaiou a equipe no palco da partida, com os portões do estádio abertos.
“Não tive oportunidade de jogar pelo São Paulo ainda no Morumbi, mas já treinei, a torcida inclusive estava lá para nos apoiar e nos cobrar”, falou, nesta quarta-feira, ao lembrar também o que viu do camarote do estádio durante a derrota por 1 a 0.
“Vi que o torcedor não estava satisfeito com o que estava acontecendo, porque perder para um rival, ainda mais para o Corinthians, duas vezes em seguida, incomoda. Mas antes de isso estar incomodando eles, isso incomoda a nós jogadores. Queremos ganhar todos os jogos e os clássicos também”, comentou, antes de tentar tranquilizar os são-paulinos que irão ao jogo.”Todos nós sabemos o que temos que fazer. Não é falta de empenho, de garra, de vontade. Infelizmente, as coisas não estão acontecendo. Mas vai chegar uma hora em que vai ter que acontecer. São Paulo está muito bem no Paulista, está vivo na Libertadores. Temos tempo, mas tem que ser rápidos”, acrescentou. “Eu vou tentar fazer o melhor possível, até porque estou há muito tempo parado. Mas é jogando que vou readquirir meu ritmo de jogo”.
