UOL
Danilo Lavieri e Guilherme Palenzuela
Eduardo Anizelli-17.dez.2014/Folhapress
O ex-presidente do São Paulo Carlos Miguel Aidar
O ex-presidente Carlos Miguel Aidar rebateu, nesta terça-feira (2), as acusações que sofreu sobre corrupção em sua gestão enquanto presidia o São Paulo.
Em depoimento à comissão de ética do clube que durou quase três horas, o dirigente deu a sua versão dos fatos que dominaram o noticiário são-paulino no segundo semestre do ano passado e terminaram na sua renúncia.
Até mesmo a briga física com o vice-presidente de futebol, Ataíde Gil Guerrero, foi tema das conversas. A expulsão de ambos do Conselho Deliberativo pode ser resultado das investigações. Os depoimentos devem ser encerrados na semana de Carnaval.
“Foi um depoimento de quase três horas, com toda a versão dele. Não posso passar o teor do depoimento porque preciso revelar primeiro ao Conselho Deliberativo. Vou ouvir mais pessoas ainda e espero acabar tudo na semana do Carnaval. Depois disso, vou dar o direito do que chamamos de alegações finais e aí elaboro o relatório final”, explicou o presidente da comissão de ética, José Roberto Ópice Blum.
O relatório final será levado para a apreciação do Conselho Deliberativo, que decidirá o futuro dos envolvidos.
Como está na delegação do time no Peru, para a disputa da Libertadores, Ataíde deve ser ouvido no próximo dia 11 de fevereiro. Ele foi o responsável por fornecer os principais indícios contra Aidar, como uma gravação feita durante uma conversa com o ex-presidente, e um e-mail.
Aidar levou o ex-vice-presidente de marketing Douglas Schwartzmann como uma de suas testemunhas. Curiosamente, Aidar chegou a dizer na gravação que Douglas pedia comissão para todos os negócios que fazia. Além dele, o ex-presidente levou também seu assessor de imprensa da época, Marco Antônio Sabino.