GazetaEsportiva.net
O São Paulo de 2016 ainda engatinha para encaixar reforços e a filosofia de Edgardo Bauza, mas o tempo não foi amigo do clube. Mesmo em meio à reconstrução de um time que perdeu ídolos e tem seu quinto técnico em um ano, os tricolores vão ter de encarar nesta quarta-feira, às 21h45 (de Brasília), em Trujillo, no Peru, o duelo contra o Universidad César Vallejo, pelo jogo de ida da pré-Libertadores. Quem ganhar, integrará o Grupo 1 da competição, ao lado de River Plate, The Strongest-BOL e Trujillanos-VEN.
Será apenas a segunda partida oficial do argentino no comando da equipe, que estreou na temporada no sábad, empatando por 1 a 1 com o Red Bull Brasil, pelo Campeonato Paulista. Dessa vez, porém, os são-paulinos sabem que qualquer erro pode significar jogar por água abaixo todo o planejamento feito pela nova diretoria, empossada após a renúncia de Carlos Miguel Aidar.
A confiança de todos na classificação para a fase de grupos é tão grande que o argentino Jonathan Calleri, principal reforço do ano, foi contratado apenas para o primeiro semestre, justamente para o torneio. Possível estreante da noite, ele já até conversou com os diretores uma extensão do contrato caso a equipe passe das quartas de final e jogue as semis após o encerramento do vínculo, no dia 30 de junho.
“Agora eu não quero falar muito disso. Sei que assinei pensando em jogar a Copa Libertadores pelo São Paulo, um clube que já tem mutias conquistas internacionais e sempre briga para se manter entre os primeiros do continente”, avaliou o jogador, que sera reserva de Centurión e Kardec no embate. Como decide em casa, na próxima quarta, no Pacaembu, o time paulistano tenta arrancar ao menos um empate nos domínios do adversário.
Rival que, por sinal, não é muito conhecido. “Não sei muita coisa, não”, admitiu o meia Michel Bastos, que será o capitão da equipe. “Mas vamos ouvir as palavras do treinador, ver os vídeos e estudar as movimentações. Na hora saberemos e, no mínimo, vamos em busca de um gol”, assegurou Michel, ciente da regra do “gol qualificado”, que dá peso de desempate aos gols marcados fora de casa.
Em campo, clube do Morumbi terá a mesma base que vem sendo treinada há três semanas, em uma incessante tentativa de dar entrosamento aos comandados. Breno, que era dúvida por causa de uma tendinite no joelho esquerdo, viajou com o restante do elenco e formará a dupla de zaga ao lado de Rodrigo Caio.
Pelo lado dos peruanos, o clima é de festa por causa presença de uma equipe do tamanho do São Paulo em seus domínios e de esperança devido à ausência de nomes históricos do clube, como Rogério Ceni e Luis Fabiano. A ideia dos anfitriões é aproveitar o duelo dentro de casa para abrir uma vantagem razoável e defendê-la na volta, no estádio do Pacaembu.
“Sabemos que é uma equipe de nível altíssimo e que sempre entra nas competições do continente para brigar pelo título. Mas estamos treinando forte para estar à altura da partida e do confronto no geral”, afirmou o meia Hohberg, um dos destaques. “Será importante ter todo o apoio do torcedor. Esperamos o campo lotado para colocar pressão”, pediu o goleiro Libman, presença frequente na seleção peruana.
Na madrugada de quarta para quinta, outro duelo movimenta a fase preliminar da Libertadores. No México, o Puebla recebe o Racing, da Argentina, a partir das 00h15 (de Brasília). Quem vencer a disputa, que terá a volta no mesmo dia 10, se juntará a Bolívar-BOL, Deportivo Cali-COL e Boca Juniors, na chave 3.
FICHA TÉCNICA
UNIVERSIDAD CÉSAR VALLEJO X SÃO PAULO
Local: estádio Mansiche, em Trujillo (Peru)
Data: 3 de fevereiro de 2016, quarta-feira
Horário: 21h45 (de Brasília)
Árbitro: Roddy Zambrano (Fifa – Equador)
Assistentes: Luis Vera e Juan Macias (ambos do Equador)
U. CÉSAR VALLEJO: Libman; Requena, Ciucci, Riojas e Guizazola; Morales, Quinteros, Chavez, Millan e Hohberg; Montes
Técnico: Franco Navarro
SÃO PAULO: Denis; Bruno, Rodrigo Caio, Breno e Mena; Hudson, Thiago Mendes, Michel Bastos, Ganso e Centurión; Alan Kardec
Técnico: Edgardo Bauza