Veja por que Fernando Diniz está diante da primeira turbulência no comando do São Paulo

GloboEsporte

Eduardo Rodrigues

Vaias da torcida, jogadores apáticos… Tricolor não consegue engrenar e perde vaga no G-4.

As vaias e os cantos de protesto contra o time do São Paulo na derrota para o Fluminense, na última quinta-feira, colocam Fernando Diniz em sua primeira turbulência no comando do São Paulo.

Neste domingo, o Tricolor encara o Athletico-PR, às 16h, no Morumbi, pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro, precisando de uma vitória para acalmar os ânimos e tentar o retorno ao G-4 da competição. Após o tropeço para o Flu, a equipe foi para a quinta posição, um ponto atrás do Grêmio.

O jogo terá transmissão da TV Globo para estados de SP, CE, SE, AL, MT, MS, TO, GO e PR, com narração de Milton Leite e comentários de Ana Thais Matos, Caio Ribeiro e PC Oliveira. O GloboEsporte.com acompanha em Tempo Real e transmite as entrevistas pós-jogo.

Fernando Diniz, técnico do São Paulo — Foto: Marcos Ribolli

Após animar parte da torcida com boas vitórias sobre Corinthians e Atlético-MG, dentro de casa, Diniz não conseguiu manter a regularidade da sua equipe. Contra Palmeiras e Fluminense, o São Paulo se mostrou apático e se livrou de dar um vexame ainda maior.

A oscilação entre um jogo e outro fez o Tricolor deixar o G-4 e a pressão só aumentou. O objetivo do clube para este ano é uma classificação direta para a Libertadores. Ir para a fase prévia seria reviver o fantasma do Talleres, equipe argentina que eliminou o São Paulo este ano na fase preliminar do torneio.

Diniz ainda não tinha sido derrotado dentro de casa no comando do São Paulo, e, pela primeira vez, também escutou as vaias vindo das arquibancadas. Os mais de 17 mil torcedores presentes no Morumbi na última quinta-feira chamaram o time de “sem vergonha” e até gritaram “olé” nas trocas de passes do adversário.

Em entrevistas recentes, o treinador chegou a dizer que um dos principais fatores que vêm atrapalhando o elenco é a parte emocional. Após a derrota para o Palmeiras, ele falou em “mapa emocional distorcido”.

– O problema central do nosso jogo de hoje foi entrar com o mapa distorcido, com o mapa emocional distorcido, achando que o jogo seria igual, que a gente encontraria as mesmas facilidades. Pecamos e sofremos por conta disso – afirmou na ocasião.

Fernando Diniz conversa com Hernanes no São Paulo — Foto: Marcelo Hazan

Diariamente, Fernando Diniz tem conversas particulares com os atletas. A atitude é comum em todos os treinos e tem a intenção de criar uma relação mais próxima com seus comandados, além de corrigir erros. As conversas em grupo também são comuns.

Embora esteja pressionado por uma boa vitória neste domingo, o técnico acumula um bom aproveitamento acima dos 50% em seus dez primeiros jogos. Já são cinco vitórias, dois empates e três derrotas, desempenho de 56%.

O treinador não deu pistas do time que vai a campo no domingo, mas uma provável escalação provável tem: Tiago Volpi, Daniel Alves, Bruno Alves, Arboleda e Reinaldo; Jucilei, Tchê Tchê e Igor Gomes; Antony, Vitor Bueno e Pablo.

Fernando Diniz conversa com jogadores do São Paulo — Foto: Marcelo Hazan